quinta-feira, 26 de maio de 2011


Série Bairro Abandonado

Tijupá Queimado

Tradicional, mas esquecido pelo poder público do município de São José de Ribamar, o bairro caminha a passos largos para o isolamento e perda populacional; moradores começam a migrar para outras localidades por conta da ausência de políticas públicas

Por Fernando Atallaia
Da Agência Baluarte
       
 Os moradores da Rua Nossa Senhora das Graças no Tijupá Queimado já não sabem o que fazer. Para se locomoverem exploram os mais diversos recursos como pequenas pontes e calçamentos improvisados. As águas torrenciais de chuvas e esgotos invadem casas e automóveis, não raro, todos os dias. Na Rua Principal, a situação não é diferente. Lá os habitantes, devido à profundidade dos buracos, dão às vezes de encanadores e mestres de obras. No Tijupá Queimado os moradores viram prefeito, literalmente.
        
As ruas mais prejudicadas pelo descaso da prefeitura e ausência de políticas públicas são as já conhecidas Rua Principal, Nossa Senhora das Graças, Rua Nova 1 e  Travessa da Rua Nova, claro, dentre tantas outras. O asfalto de péssima qualidade colocado ainda na gestão do antigo prefeito Luis Fernando Silva (que foi ‘forçado’ a calçar algumas ruas do bairro sob pena de interdição, pela comunidade, da MA 201-Estrada de Ribamar à época), já está se indo e as tais ruas ‘asfaltadas’ já começam a dá sinais de erosão e afundamento.
        
Nas últimas semanas alguns moradores já colocaram placa de venda em algumas casas, por conta do período chuvoso,  que todos os anos destroça as vias de acesso do bairro, escavando em mais de 1,70m de altura ruas e avenidas. Para um morador que preferiu não ser identificado, a triste realidade do Tijupá Queimado é conseqüência do descaso do poder público municipal naquela comunidade. ”Todos os anos a gente só vê eles aqui pra pedir voto, ai aparece vereador, prefeito, secretário e os puxa- sacos deles, o nosso bairro está abandonado, falta esgoto aqui, água encanada, a gente anda em cima da lama dia e noite, São José de Ribamar é uma cidade para todos só se for no papel, esse prefeito que ta ai, esse tal de Gil Cutrim não está fazendo nada, o nosso bairro é caso para o Ministério Público e pra Defesa Civil, precisamos de ajuda urgente’’, desabafou.

João Castelo perde para Bia Arôso no trato com buracos

Prefeito da capital do Estado ignora população, imprensa e demais formadores de opinião; enquanto isso embaixo do seu nariz, a cidade patrimônio da humanidade vai se transformando em uma enorme cratera a céu aberto

Por Fernando Atallaia
Da Agência Baluarte
          
 Diluição. O tecido orgânico (pedras, concreto, areia, formações rochosas, magma, dentre outros) de São Luis do Maranhão, cidade patrimônio da humanidade, está sendo diluído para um boqueirão (e este não é turístico, nem tampouco cultural) a céu aberto que desemboca em uma enorme cratera vista sob todos os ângulos e aspectos.
         
Na última semana, numa rodada de debates em um dos bairros da Grande Ilha (Raposa, Alcântara, São José de Ribamar e Paço do Lumiar), João Castelo foi eleito o ‘prefeito buraqueira’, perdendo somente para a sua colega Bia Arôso, do município vizinho de Paço do Lumiar. A disputa foi acirrada, mas Castelo ainda ficou em segundo. Ambos, Castelo e Bia, têm fixação por buracos, deformidades, anomalias e crateras existentes na estrutura de ruas e avenidas. Mais que isso. Também gostam da paisagem e coadunam dos mesmos interesses quando o assunto é um bom buraco.
       
Um pesquisador interessado na realidade da infra-estrutura dos municípios maranhenses se impôs a uma tarefa um tanto quanto singular. Informou a este editor, que a partir do próximo mês (junho) fará uma peregrinação pelos bairros de São Luis e Paço do Lumiar, no intuito de realizar um levantamento para identificar qual município tem maior quantidade de buracos em toda sua extensão. Estima-se que São Luis hoje, tem aproximadamente 879.765 buracos somente nos conglomerados que formam o centro da cidade. Na área periférica, calcula-se um ganho maior, para a felicidade do prefeito, algo em torno de 1.998.132 crateras.
        
Diante dos possíveis dados, Bia Arôso deve avançar nos próximos dias. O bairro expoente da buraqueira sob sua jurisdição, o Paranã, está sendo trabalhado, de acordo com um funcionário da prefeitura que preferiu não ser identificado, pela ‘administração’ da prefeita para não permitir que Castelo usufrua da segunda colocação desta vez. Bia sabe que  buracos são um convite para eventos importantes como carros e pedestres sumindo no vácuo de profundidades ímpares, que somente  o seu município detém. Nesse particular, Paço do Lumiar supera São Luis. Lá não se fala em crianças e adultos caindo em buracos inexpressivos. O formato das crateras em Paço é para carros de médio e grande porte. Talvez por esta razão, é que João Castelo está correndo atrás do prejuízo: deve nos próximos meses anunciar  investimentos  em buracos de maiores proporções.





  
Música em Paço do Lumiar
    
Com uma carreira consolidada no município, o cantor, compositor e intérprete Marcone Cálculo, é o principal nome da música romântica brasileira em Paço do Lumiar; o artista elegeu a cidade como reduto oficial do seu trabalho ainda na década de 90

Por Fernando Atallaia
Da Agência Baluarte
       
Marcone Cálculo já passeou por diversos gêneros da musica romântica brasileira (Sertanejo, Pop, Brega Melody, Seresta e Balada), e vem percorrendo uma trajetória que dialoga com o município de Paço do Lumiar ao longo de mais de dez anos.
      
O cantor formou dupla sertaneja no ápice do gênero caipira Lá pelos idos de 1999,  ao passo que flertou com o pop nacional brasileiro, interpretando nomes como Ritchie, Legião Urbana e RPM. Passou por formações musicais de banda (foi vocalista do grupo ‘Os Iguais’) e conjuntos artísticos que iniciaram trabalhos em Paço, ajudando a formar platéia e público para a música romântica local.
      
Atualmente, o artista vem se apresentando na casa de shows Pitstop localizada no Conjunto Maiobão e se prepara para lançar um disco solo com regravações de clássicos do cancioneiro popular e ainda canções de novos nomes da MPB como o maranhense Zeca Baleiro, seu contemporâneo.
      
Marcone Cálculo é um nome, entre muitos, que busca o fortalecimento da identidade musical em seu próprio município. Intérprete de amplos recursos, Cálculo é uma referência para os novos talentos que surgem em Paço, principalmente no que se refere à continuidade da interpretação de ritmos e estilos musicais de massa que ovacionam o romantismo em grande escala no Estado e demais cidades maranhenses.








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