terça-feira, 9 de agosto de 2011
                           
Leia com exclusividade o poema ‘Os Cães e as Gatas’, da obra inédita Ode Triste para Amores Inacabados, do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia.
                            
                             Os Cães e as Gatas

Para  Scooby Doo, Eliana e Brigitte Bardot.

Quando se atravessa a areia da rua sem deserto e Eles nos encontram no grunhido
Quando se anoitece sem o pêlo de outrora e elas Amanhecem em nossas camas
Quais damas que eles enxotam nos alvos dentes Da revolta
Ai sim as pulgas nos ensinam que acolher o frio Escondidos é melhor que beirar a lástima dos Lençois
Elas babam em suas xanas quais mulheres ainda Moças e os velhos que se lançam guardam a casa E o quintal
No espanto de automóveis a esquina é um tapete Aguardando as afiadas unhas da aurora que Sangram o dia que se vem
Lambuzadas ao roubar a insensatez de um canino As gatas de duas patas esqueceram as demais
E o cães que as maltratam seguindo o rabo que abana clamam por agasalho entre os cacos da Manhã
Cães e gatas nas praças se abraçam entre garrafas Que não secam o desejo de emprenhar
Cães e gatas se enroscam na fortuna de seus olhos Arrolando o desejo de trepar
E mais tarde densos leves  enxaguados escapam Da carrocinha em carrosséis iluminados que Apavoram o gelo do banho matinal
Escaldados cães e gatas se lambem para sempre Sem o tempo no segundo germinando   sem o Tempo no minuto inicial
2010



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