quarta-feira, 14 de março de 2012
Bia Venâncio sanciona Lei que
reajusta salários dos professores
Por Lourival oliveira
A prefeita de Paço do Lumiar, Bia Venâncio (PSD), sancionou na última terça-feira, o aumento do piso salarial dos professores da Rede Municipal de Ensino de Paço do Lumiar. A Mensagem com o Projeto de Lei que havia sido encaminhada para a Câmara Municipal, foi aprovada por unanimidade. Com um reajuste de 22,22%, a tabela salarial do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração do Magistério Público Municipal obedecerá conforme determina à lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).O aumento, de acordo com a Lei, será retroativo a janeiro. As despesas decorrentes correrão por conta das dotações orçamentárias da própria Prefeitura de Paço do Lumiar e dos recursos oriundos do FUNDEB. Apesar de muitos estados e municípios não terem aderido ao novo piso salarial, a Prefeitura de Paço do Lumiar dá uma demonstração de compromisso com os profissionais da educação e a elevação dos salários dos servidores é um dos caminhos de estimular esses profissionais que já fazem parte dela. “A valorização dos profissionais é uma das prioridades desta gestão e uma das políticas centrais para a melhoria da qualidade de ensino”, destacou a secretária de educação Amélia Carvalho.
Bia Venâncio: prefeita investe alto na Educação do município;valorização dos professores é prioridade |
Para a prefeita Bia Venâncio, a Educação é uma das prioridades de sua gestão, e para isso tem feito investimentos importantes. Além do reajuste de 22,22% retroativo a janeiro, no inicio do ano foi concedido um abono salarial a todos os professores, assinou Decreto que concede o vale transporte a todos os profissionais da Educação, reformou, equipou e ampliou mais de 20 unidades de ensino, adquiriu 11 micro-ônibus para o transporte escolar que conta com apoio de monitores, execução do programa Brasil Alfabetizado e a implantação de um núcleo de educação especial para acompanhamento dos alunos com necessidade especial.
Além disso, está previsto para o ano de 2012, o prosseguimento com as reformas e ampliações das escolas existentes e a construção de mais 05 unidades de ensino (Iguaíba, Lima Verde, Paranã, Residencial Carlos Augusto e Residencial Novo Horizonte), bem como a construção de 04 creches, e uma delas será construída no Maiobão. “Sabemos que muito há de ser feito, mas estamos fazendo aquilo que está dentro das nossas possibilidades, inclusive, no caso do reajuste estamos à frente de muitos estados e municípios que não estão respeitando a lei que estabeleceu o novo piso salarial, o que demonstra o nosso compromisso com os profissionais da educação, pois para nós Educação nunca foi despesa, sempre foi investimento com retorno garantido. mas cabe destacar que precisamos agir com planejamento e responsabilidade”, finalizou a prefeita.
Poeta Lília Diniz lança livro em São Luís
Por Paulo Melo Sousa
Especial para ANB Online
Amanhã, quinta-feira, dia 15 de março, em homenagem ao
“Dia Nacional da Poesia” (14 de março), acontecerá no Chico Discos,
durante o Projeto Papoético, a partir das 19 horas, o lançamento do
livro “Sertanejares”, da poeta maranhense Lília Diniz, quarta obra da
autora, o terceiro de poesia. Maranhense de Creoli do Bina, povoado de
Tumtum, Lília foi para Imperatriz aos sete anos de idade,
transferindo-se para Brasília em 1996. Retornou para Imperatriz em
2007, e atualmente circula entre as duas cidades, onde desenvolve seu
trabalho cultural. “Babaçu, Cedro e outras Poéticas em Tramas” (2001 –
poesia), “Miolo de Pote da Cacimba de Beber” (poesia – 2003), e “Ao
que vai Chegar” (Contos – 2007), são os livros anteriores da
escritora. “Sertanejares” venceu o prêmio do Edital Universal da
Cultura Maranhense, em 2011.
Do primeiro livro de Lília até “Miolo de Pote da Cacimba
de Beber” não houve mudança, sendo os poemas produzidos a partir de
uma mistura temática, com experimentos com a linguagem. “A partir do
segundo livro eu me inspirei nos falares nordestinos, trabalhando no
formato do livro, exercitando um diálogo com a cultura dos interiores
do Brasil, e este “Sertanejares” continua na linha da experimentação e
valorização da nossa linguagem, garimpando nosso jeito de falar, tanto
que o livro apresenta um glossário, que chamo de ‘palavreado’, ou
seja, uma lista das expressões populares usadas no interior do
Maranhão; dessa forma, realizo como que uma tradução, visando a
recuperação de um linguajar específico”, explica a poeta.
Lília Diniz continua dialogando com o formato do livro em
“Sertanejares”, que possui a forma de um abano, com detalhes em chita.
A cor de palha do papel dialoga bem com o colorido da chita,
conferindo ao livro uma alegria visual que enobrece o trabalho da
autora. O livro está dividido em três blocos de poesias. O primeiro
bloco é mais politizado, no qual a autora mergulha no universo das
quebradeiras de coco babaçu, aborda a questão indígena, retrata a lida
nos povoados maranhenses, abordando a sempre complexa questão da
terra.
No segundo bloco Lília investe numa proposta mais rimada, apresentando
quatro poemas grandes, revelando uma parte latente da autora, que teve
sua primeira experimentação artística feita através do cordel. “Meu
contato com o cordel aconteceu muito cedo, quando eu vivia em Alto
Alegre; meu pai escutava diariamente a rádio nacional da Amazônia, e
eu sempre estava ali, acompanhando a programação da rádio, que
apresentava a cantoria de muitos repentistas. Esses cantadores também
visitavam bastante a cidade, e aquele ritmo me embalou desde cedo.
Tenho um irmão que também comprava cordel, e minha mãe me estimulava bastante para eu decorar os textos. Na cidade, a energia elétrica
chegava tarde, e a nossa brincadeira era fazer duelo com os primos,
para ver quem cantava melhor. Depois, morei no Rio Grande do Norte
durante três anos, e ali o cordel se apresenta de maneira bem mais
forte que no Maranhão; daí eu participei de festivais, o que me
estimulou ainda mais a seguir essa trilha”, diz Lília Diniz.
A terceira parte do livro possui um caráter mais lírico, são quase
sessenta poemas de amor, a maioria deles escritos antes de 2007. O
livro possui apresentação do professor J. Bamberg, da Universidade
Federal de Goiás, que informa que a escrevinhadura de Lília Diniz vem
“da Zona-da-mata-de-transição, desse lugar-algum que é chamado de
interior, do seu belo Maranhão, fronteiro amazônico, do fundo das suas
matas e capoeirões, terra da exuberância bruta, dos buritizais, das
suas quebradeiras de coco, mulheres de fibra forte e da dureza muito
rude das suas vidas traduzidas nessa cultura mista, mestiça, cabocla,
negríndia, muito pobre de bens de pecúnia, riquíssima em urdidura
simples, em delicadíssima tecitura e de intrincamento dos seus versos
e cantares que nos abrem em quase decifrações, em carne viva, dos
falares em linguagens outras muitíssimo mais ricas, de expressões,
imaginações, fabulações pró-poéticas, poesia”. Após o lançamento do
livro em São Luís, a poeta lançará “Sertanejares” em Imperatriz na
próxima semana, dia 21 de março, no auditório da Universidade Federal
do Maranhão – UFMA, e, posteriormente, em oito escolas do Ensino Médio
daquele município.
Durante o lançamento do livro no Projeto Papoético, Lília Diniz
apresentará uma performance, com declamação de seus textos, além de
interpretar algumas cantigas, tendo como base o coco e o baião,
acompanhada de um pandeiro. A poeta realizará ainda homenagens a
Patativa do Assaré e a João do Vale, interpretando composições desses
autores. O Projeto Papoético, idealizado pelo poeta e jornalista Paulo
Melo Sousa, acontece semanalmente no Chico Discos, que se localiza na
rua de São João, 389 – A, Centro Histórico de São Luís. Ali, funciona
um sebo, no qual se comercializa livros antigos e usados, CD’s e
discos de vinil. No espaço, foi adaptado um barzinho, que atende uma
clientela fiel que aprecia música de qualidade. Ali rolam recitais de
poesia, lançamentos de livros, canjas musicais, exibição de filmes,
discussões filosóficas e exposição de ideias.
SERVIÇO
Lançamento de livro: “Sertanejares” (poesia), de Lília Diniz
Quando? 15 de março de 2012
Onde? Chico Discos – Projeto Papoético (rua de São João, 389 – A,
Centro Histórico de São Luís)
Hora: 19 horas
Entrada Franca
Paulo Melo Sousa é jornalista e poeta premiado. Trabalha no suplemento JP Turismo do Jornal Pequeno e além de escritor também é fomentador e inventivador cultural. Parceiro e amigo do editor deste portal de notícias, Melo Sousa é autor de várias obras literárias, dentre as quais pode se destacar 'Oráculos de Lúcifer', obra monumental da poesia maranhense contemporânea de sua autoria, prefaciada pelo grande crítico literário Osvaldino Marques.
Por Paulo Melo Sousa
Especial para ANB Online
Amanhã, quinta-feira, dia 15 de março, em homenagem ao
“Dia Nacional da Poesia” (14 de março), acontecerá no Chico Discos,
durante o Projeto Papoético, a partir das 19 horas, o lançamento do
livro “Sertanejares”, da poeta maranhense Lília Diniz, quarta obra da
autora, o terceiro de poesia. Maranhense de Creoli do Bina, povoado de
Tumtum, Lília foi para Imperatriz aos sete anos de idade,
transferindo-se para Brasília em 1996. Retornou para Imperatriz em
2007, e atualmente circula entre as duas cidades, onde desenvolve seu
trabalho cultural. “Babaçu, Cedro e outras Poéticas em Tramas” (2001 –
poesia), “Miolo de Pote da Cacimba de Beber” (poesia – 2003), e “Ao
que vai Chegar” (Contos – 2007), são os livros anteriores da
escritora. “Sertanejares” venceu o prêmio do Edital Universal da
Cultura Maranhense, em 2011.
Do primeiro livro de Lília até “Miolo de Pote da Cacimba
de Beber” não houve mudança, sendo os poemas produzidos a partir de
uma mistura temática, com experimentos com a linguagem. “A partir do
segundo livro eu me inspirei nos falares nordestinos, trabalhando no
formato do livro, exercitando um diálogo com a cultura dos interiores
do Brasil, e este “Sertanejares” continua na linha da experimentação e
valorização da nossa linguagem, garimpando nosso jeito de falar, tanto
que o livro apresenta um glossário, que chamo de ‘palavreado’, ou
seja, uma lista das expressões populares usadas no interior do
Maranhão; dessa forma, realizo como que uma tradução, visando a
recuperação de um linguajar específico”, explica a poeta.
Lília Diniz continua dialogando com o formato do livro em
“Sertanejares”, que possui a forma de um abano, com detalhes em chita.
A cor de palha do papel dialoga bem com o colorido da chita,
conferindo ao livro uma alegria visual que enobrece o trabalho da
autora. O livro está dividido em três blocos de poesias. O primeiro
bloco é mais politizado, no qual a autora mergulha no universo das
quebradeiras de coco babaçu, aborda a questão indígena, retrata a lida
nos povoados maranhenses, abordando a sempre complexa questão da
terra.
No segundo bloco Lília investe numa proposta mais rimada, apresentando
quatro poemas grandes, revelando uma parte latente da autora, que teve
sua primeira experimentação artística feita através do cordel. “Meu
contato com o cordel aconteceu muito cedo, quando eu vivia em Alto
Alegre; meu pai escutava diariamente a rádio nacional da Amazônia, e
eu sempre estava ali, acompanhando a programação da rádio, que
apresentava a cantoria de muitos repentistas. Esses cantadores também
visitavam bastante a cidade, e aquele ritmo me embalou desde cedo.
Tenho um irmão que também comprava cordel, e minha mãe me estimulava bastante para eu decorar os textos. Na cidade, a energia elétrica
chegava tarde, e a nossa brincadeira era fazer duelo com os primos,
para ver quem cantava melhor. Depois, morei no Rio Grande do Norte
durante três anos, e ali o cordel se apresenta de maneira bem mais
forte que no Maranhão; daí eu participei de festivais, o que me
estimulou ainda mais a seguir essa trilha”, diz Lília Diniz.
A terceira parte do livro possui um caráter mais lírico, são quase
sessenta poemas de amor, a maioria deles escritos antes de 2007. O
livro possui apresentação do professor J. Bamberg, da Universidade
Federal de Goiás, que informa que a escrevinhadura de Lília Diniz vem
“da Zona-da-mata-de-transição, desse lugar-algum que é chamado de
interior, do seu belo Maranhão, fronteiro amazônico, do fundo das suas
matas e capoeirões, terra da exuberância bruta, dos buritizais, das
suas quebradeiras de coco, mulheres de fibra forte e da dureza muito
rude das suas vidas traduzidas nessa cultura mista, mestiça, cabocla,
negríndia, muito pobre de bens de pecúnia, riquíssima em urdidura
simples, em delicadíssima tecitura e de intrincamento dos seus versos
e cantares que nos abrem em quase decifrações, em carne viva, dos
falares em linguagens outras muitíssimo mais ricas, de expressões,
imaginações, fabulações pró-poéticas, poesia”. Após o lançamento do
livro em São Luís, a poeta lançará “Sertanejares” em Imperatriz na
próxima semana, dia 21 de março, no auditório da Universidade Federal
do Maranhão – UFMA, e, posteriormente, em oito escolas do Ensino Médio
daquele município.
Durante o lançamento do livro no Projeto Papoético, Lília Diniz
apresentará uma performance, com declamação de seus textos, além de
interpretar algumas cantigas, tendo como base o coco e o baião,
acompanhada de um pandeiro. A poeta realizará ainda homenagens a
Patativa do Assaré e a João do Vale, interpretando composições desses
autores. O Projeto Papoético, idealizado pelo poeta e jornalista Paulo
Melo Sousa, acontece semanalmente no Chico Discos, que se localiza na
rua de São João, 389 – A, Centro Histórico de São Luís. Ali, funciona
um sebo, no qual se comercializa livros antigos e usados, CD’s e
discos de vinil. No espaço, foi adaptado um barzinho, que atende uma
clientela fiel que aprecia música de qualidade. Ali rolam recitais de
poesia, lançamentos de livros, canjas musicais, exibição de filmes,
discussões filosóficas e exposição de ideias.
SERVIÇO
Lançamento de livro: “Sertanejares” (poesia), de Lília Diniz
Quando? 15 de março de 2012
Onde? Chico Discos – Projeto Papoético (rua de São João, 389 – A,
Centro Histórico de São Luís)
Hora: 19 horas
Entrada Franca
Paulo Melo Sousa é jornalista e poeta premiado. Trabalha no suplemento JP Turismo do Jornal Pequeno e além de escritor também é fomentador e inventivador cultural. Parceiro e amigo do editor deste portal de notícias, Melo Sousa é autor de várias obras literárias, dentre as quais pode se destacar 'Oráculos de Lúcifer', obra monumental da poesia maranhense contemporânea de sua autoria, prefaciada pelo grande crítico literário Osvaldino Marques.
Educadores de Ribamar exigem promoções e titulações
Do Sinproesemma
Educadores de São José de Ribamar participam da greve nacional da educação que inicia nesta quarta-feira, 14 e prossegue até o dia 16, sexta-feira. A principal reivindicação dos trabalhadores em educação do município é o pagamento das promoções e titulações na folha de fevereiro deste ano, compromisso não honrado pelo prefeito Gil Cutrim, como estava previsto no acordo firmado com o Sinproesemma, em janeiro deste ano.
Segundo a programação divulgada pelo núcleo do sindicato, de São José de Ribamar, nesta quarta-feira, 14, será realizada uma grande passeata pelas principais ruas do município com o objetivo de chamar atenção da sociedade para o descaso da prefeitura com a classe trabalhadora.
Na quinta-feira, 15, o palco das reivindicações dos trabalhadores será a Câmara Municipal de São José de Ribamar. Já no último dia da greve nacional, 16, os educadores vão marchar em direção à sede da prefeitura e cobrar do gestor municipal o pagamento das promoções e titulações.
Em todos os dias da greve nacional, a concentração dos educadores será a partir das 7h30, na Praça do Cruzeiro, próxima ao Banco do Brasil. A coordenação do núcleo pede a participação de todos os educadores do município nas atividades da paralisação, que tem como pleito nacional o Plano Nacional de Educação (PNE), o piso salarial e o respeito à carreira dos profissionais de educação.
Do Sinproesemma
Educadores de São José de Ribamar participam da greve nacional da educação que inicia nesta quarta-feira, 14 e prossegue até o dia 16, sexta-feira. A principal reivindicação dos trabalhadores em educação do município é o pagamento das promoções e titulações na folha de fevereiro deste ano, compromisso não honrado pelo prefeito Gil Cutrim, como estava previsto no acordo firmado com o Sinproesemma, em janeiro deste ano.
Segundo a programação divulgada pelo núcleo do sindicato, de São José de Ribamar, nesta quarta-feira, 14, será realizada uma grande passeata pelas principais ruas do município com o objetivo de chamar atenção da sociedade para o descaso da prefeitura com a classe trabalhadora.
Gil Cutrim: professores de Ribamar buscam do prefeito ações estruturais e não paleativas |
Em todos os dias da greve nacional, a concentração dos educadores será a partir das 7h30, na Praça do Cruzeiro, próxima ao Banco do Brasil. A coordenação do núcleo pede a participação de todos os educadores do município nas atividades da paralisação, que tem como pleito nacional o Plano Nacional de Educação (PNE), o piso salarial e o respeito à carreira dos profissionais de educação.
Adriano “O Imperador”:uma eterna tragédia grega
Por Nielsen Furtado
O povo grego, uma das mais singulares civilizações, deixou um enorme legado que foi absorvido e aprimorado ao longo dos séculos. Muitas civilizações foram edificadas nos alicerces da cultura grega, e muitos sábios foram buscar no néctar da cultura deixada por esse povo, a sapiência para embasar teorias que formam os pilares de grandes teses, que atualmente sustentam os mais diversos campos do saber.
A tragédia grega expôs uma nova maneira de perceber a sociedade daquela época, e toda essa discussão posta de forma fidedigna e sem máscaras, colocou nos palcos helênicos a arte cênica nua e crua, e iniciou o processo de maturação da escola literária naturalista.
Tal qual uma tragédia grega ou um romance naturalista, assistimos atônitos ao drama de Adriano, “O Imperador”, que parece está fadado a esse destino inexorável, que não mais condiz, com o carinhoso apelido recebido quando desfilava talento na Inter de Milão, time da cidade italiana que foi berço da grande civilização romana e teve em sua política “grandes imperadores” que deixaram seus nomes grifados na história da humanidade.
Adriano protagoniza a espetacularização de desencontros pessoais e perturbações, que encontram morada no seu mais intimo e longínquo espectro das razões psíquicas de sua conturbada consciência. Não somos especialistas nessas particularidades do nosso (in)consciente, e em dados momentos podemos estar emitindo uma opinião que não encontra fundamentos em nenhuma teoria, ou mesmo, em qualquer achismo do senso comum. Entretanto, é possível perceber perturbações contundentes em uma frágil personalidade que perdeu o prazo para emancipar-se.
Adriano 'Imperador': biografia conturbada ameaça trajetória do atleta |
Em nenhum momento iremos fazer comparações, até mesmo por que os tempos são dispares. Mas,“O Imperador” Adriano, vem sendo figura assídua em casos de escândalos e esquisitices que o tiram cada vez mais das editorias de esportes.
É necessário que Adriano adquira consciência dos atos que destroçam a sua carreira como desportista. As oportunidades de dar a volta por cima estão ficando mais escassas e a ladeira cada vez íngreme. Adriano possivelmente terá outra oportunidade de encantar-nos com o seu futebol. E, ficaremos na torcida para que isso aconteça o mais célere possível, pois entendemos que ele terá o discernimento para perceber que tem essa dívida consigo. Cabe ao próprio Adriano, “Dá a Adriano o que é de Adriano”, sem nenhum trocadilho.
Um novo ambiente de trabalho e a proximidade da família é um ponto positivo. Ficar recluso da vida social não será o remédio. Porém, deixar-se fazer parte da espetacularização da vida através dos prazeres que lhes são apresentados, pode colocar em declínio permanente a carreira de um desportistas que foi único e encantou o mundo quando se preocupava apenas em jogar futebol. Não queremos assistir aos próximos ''Atos'' dessa ''Tragédia Grega''.
Nielsen Furtado é jornalista e comentarista oficial de ANB Online.
LEIA NA ÍNTEGRA O POEMA ‘A SALVOS’ DA OBRA INÉDITA ODE TRISTE PARA AMORES INCABADOS DO POETA E ENSAÍSTA RIBAMARENSE FERNANDO ATALLAIA.
A SALVOS
Para Nicole Kidman e em especial para os casais em fim de festa
A salvos rumo aos candeeiros apagados
Nicole Kidman: ela já se rendeu aos términos e recomeços; a busca continua |
Cegos tateando a cegueira nos ombros empurrados
Todo o blues do Mississipi e as balas do Agreste numa pista Rara se assim o quisessem
Cegos de lampião luzindo Marias frias cautelosas
Um ao lado espionando a fala espancada em fins de festa
Noutro canto o outro esmiuçando o verbo no silêncio de Poentes
Aos doentes sem fachadas este lugar e conhecido leprosário
Cegos de noites rastejantes adiante para os dias cambaleantes
Cegos de manhãs infinitas adiante para o asco da casa Angustiante
Adiante.
Apressai-vos!
2010
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