segunda-feira, 23 de abril de 2012


Insatisfação ronda os quarteis da PM no Maranhão


Do blog do Luís Cardoso


É visível o estado de insatisfação dos policiais militares do Maranhão. Ora como o resultado da greve de dezembro passado, que resultou em acordo nada animador do ponto de vista das conquistas salariais e principalmente agora depois que o Governo do Estado anunciou reajuste salarial para todas as categorias, deixando a Polícia Civil em melhor vantagem que a Militar.

A revolta, por enquanto, é silenciosa, mas o barril pode estourar a qualquer momento. Por enquanto, os militares respondem ao tratamento a eles dispensado pelo governo com certa indiferença, mas já existem setores que defendem uma operação tartaruga. Como se empenhar no combate ao crime, no enfretamento aos bandidos com um salário de fazer vegonha? , questiona boa parte dos militares.


Governadora Roseana Sarney:'mão de vaca', ela acena para os policiais e ainda sorrir da triste realidade deles

A tabela do reajuste salarial dos militares é uma piada. Mas, lamentavelmente, foi acordada entre eles e o governo. Pela tabela publicada no blogo do Gilberto Léda, o reajuste, durante três anos, é digno de fazer chorar. Nem se aproxima dos índices que são dados ao mínimo nacional no mesmo período.

Tome como exemplo o soldo do soldado. Em 2011 ele percebia R$ 2.028,00, pulou agora em 2012 para R$ 2.240,00, vai subir em 2013 para R$ 2.396,80 e chegará em 2014 em 2.564,58. Ou seja: não será aumentado nem em 25% durante quatro anos, o que daria em cada ano pouco mais de R$ 100 a cada 12 meses.

O coronel fechado, maior posto, até 2014 estará recebendo R$ 13.153,67, época em que um delegado da polícia civil estará ganhando quase R$ 20 mil, que ainda é pouco diante das responsabilidade que tem com o sistema de segurança do Maranhão. Abaixo a tabela dos militares e vejam como o reajuste é cruel:


 

Nauro Machado lança livro no Café Literário de abril, no Odylo Costa Filho

Evento terá palestra do professor, ensaísta e poeta, Hildeberto Barbosa.
Logo após, haverá o lançamento do livro "Província - O pó dos Pósteros".


Do G1 MA


O Café Literário do mês de abril lançará, em sua segunda edição no ano de 2012, a palestra "Nauro Machado: O Poeta do Ser e da Linguagem", que será ministrada pelo professor doutor, ensaísta e poeta paraibano, Hildeberto Barbosa Filho. Logo após, haverá o lançamento do livro em prosa "Província - O pó dos Pósteros", do poeta Nauro Machado. O evento acontecerá nesta terça-feira (24), a partir das 18h30, no Centro de Criatividades Odylo Costa Filho, localizado na Rua Rampa do Comércio, 200, Praia Grande, Centro.


Nauro Machado:monumental, ele é o maior escritor e poeta maranhense vivo na contemporaneidade


Idealização de Céres Fernandes, diretora do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, o Café Literário segundo Nauro Machado "se constitui hoje como um ponto de encontro de pessoas aficionadas às coisas escritas, sobretudo a literatura e as artes plásticas". Dentre os ilustres escritores que participaram do evento, estão José Chagas, Ubiratan Teixeira, Alberto Tavares Teixeira, entre outros.Convidado para ministrar a palestra "Nauro Machado: O Poeta do Ser e da Linguagem", o ensaísta, crítico e poeta literário, Hildeberto Barbosa Filho, ressaltará a importância do poeta e escritor Nauro Machado para a literatura, bem como suas obras a estimular a sociedade sobre a beleza de uma história contada através dos livros.

O contato entre o autor e o leitor durante a leitura é o que torna o livro ainda mais interessante e atraente. Hidelberto Barbosa é natural de Aroeiras na Paraíba. Tem doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal da Paraíba (Ufpb), é membro da Academia Paraibana de Letras e professor da UFPB.

Lançamento
O segundo livro em prosa de Nauro Machado, "Província - o pó dos Pósteros", de acordo com o autor, se constitui de mais de 200 crônicas e pequenos ensaios. A idealização da obra se deu a partir de trabalhos já publicados na imprensa maranhense.

A seleção que teve o apoio da escritora Arlete Nogueira, esposa do poeta há 50 anos, foram escolhidas entre mais de 1000 crônicas, pequenos trabalhos e fatos relacionados com a cultura local. O livro será vendido no local, e custando R$ 40 com sessão de autógrafos pelo autor.




Sobre Nauro:


É difícil qualificar esses poemas escritos, por assim dizer, no avesso da linguagem. Não é pela compreensão lógica que eles nos atingem, mas pelo sortilégio de um falar desconcertante e único.
(Ferreira Gullar)


Não hesito em colocar Nauro Machado entre os grandes poetas do Brasil de hoje, independente de geração ou idade.
(Antônio Olinto)


Poeta único na poesia brasileira [...] Nauro conseguiu sintetizar numa linguagem tão rarefeita, quase irrespirável, entre o céu e o inferno, o caótico destino humano.
(Cláudio Murilo Leal)


Nauro caminha na contramão de um leitor acostumado com as veleidades do fácil.
(José Aparecido da Silva)


Alta e impressionante poesia.
(Carlos Drummond de Andrade)


Poucos poetas – talvez um Baudelaire, um Antero de Quental, um Augusto dos Anjos – têm, como esse solitário maranhense, enfrentado a tarefa árdua e encantatória de expressar, mas o fazendo sob o regime de uma consciência criadora face às possibilidades do verbo – verbo que é fala, pensamento, imagem e melodia – os ângulos escusos, os obscuros abismos, as cartilagens doloridas e inescrutáveis da estrutura humana.(Hildeberto Barbosa Filho)


Apanha o homem na queda a estágios profundos de impotência e incerteza.
(Donald Schüller)


Uma carreira poética ímpar no contexto literário brasileiro de hoje.
(Alfredo Bosi)



Poemas de Nauro:


Ofício
Ocupo o espaço que não é meu, mas do universo.
Espaço do tamanho do meu corpo aqui,
enchendo inúteis quilos de um metro e setenta
e dois centímetros, o humano de quebra.
Vozes me dizem: eh, tu aí! E me mandam bater
serviços de excrementos em papéis caídos
numa máquina Remington, ou outra qualquer.
E me mandam pro inferno, se inferno houvesse
pior que este inumano existir burocrático.
E depois há o escárnio da minha província.
E a minha vida para cima e para baixo,
para baixo sem cima, ponte umbilical
partida, raiz viva de morta inocência.
Estranhos uns aos outros, que faço eu aqui?
E depois ninguém sabe mesmo do espaço
que ocupo, desnecessário espaço de pernas
e de braços preenchendo o vazio que eu sou.
E o mundo, triste bronze de um sino rachado,
o mundo restará o mesmo sem minha quota
de angústia e sem minha parcela de nada.





O Parto
Meu corpo está completo, o homem - não o poeta.
Mas eu quero e é necessário
que me sofra e me solidifique em poeta,
que destrua desde já o supérfluo e o ilusório
e me alucine na essência de mim e das coisas,
para depois, feliz e sofrido, mas verdadeiro,
trazer-me à tona do poema
com um grito de alarma e de alarde:
ser poeta é duro e dura
e consome toda
uma existência.




819
Abre-me as portas, mãe, enquanto as estrelas
buscam em mim agora a treva infinda,
sem luz alguma no meu olhar a vê-las
nessa cegueira a ser da altura vinda.
Assim, mãe, invado tua noite, a sabê-las
eternamente em pó na luz que é finda
só para mim, que vou comigo pelas
manhãs nascendo todas cegas ainda.
Como fazê-las ser de novo vivas?
Como, se nunca delas fui um conviva
às vidas feitas festas para as vistas?
Para arrancá-las da morte onde as pus,
quero essa noite, ó mãe, roubada à luz
do céu que, embora cega, tu conquistas.



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