segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Prefeitura de São José de Ribamar cobra R$ 1.230 dos sorteados
Do Jornal Pequeno
Na terça-feira da semana passada, dia 14, um grupo de pessoas inscritas no Programa Minha Casa, Minha Vida, na capital maranhense, foram convocadas para participar do sorteio de apartamentos nos residenciais Pitangueiras 1, 2, 3 e 4, localizado no município de São José de Ribamar, às margens da MA-201. Porém, o que parecia ser motivo de alegria, pela conquista da casa própria, se transformou em revolta no momento em que os sorteados souberam que vão precisar pagar o valor de R$ 1.230 para a prefeitura de São José de Ribamar, referente ao Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
Prefeito Gil Cutrim: a onda agora é cobrar imposto das famílias de baixa renda |
De acordo com pessoas que mantiveram contato com a redação do Jornal Pequeno, mas que preferiram não ter seus nomes revelados, o pagamento deve ser feito na Secretaria de Turismo, de São José de Ribamar, em parcela única até o próximo dia 30, data em que deverá ser assinado o contrato com a Caixa Econômica Federal. Foi dito, ainda, que a prefeitura de Ribamar é a única no Brasil a não deixar de cobrar o ITBI aos sorteados pelo Minha Casa, Minha Vida.
Segundo os sorteados, a insatisfação se dá pelo fato de a maioria não ter como conseguir esse dinheiro em tão pouco tempo, nem mesmo pedindo emprestado. Eles fazem um apelo para que o prefeito Gil Cutrim reveja esse posicionamento e relaxe a cobrança do ITBI.
Algumas pessoas disseram ter procurado a prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas), em busca de uma solução. Elas foram informadas de que o município de São Luís está discutindo a questão com a prefeitura de Ribamar e a Caixa Econômica Federal para tentar evitar a cobrança do imposto.
Projeto que estabelece punição para dirigentes esportivos corruptos deve ser votado nesta semana
Do Ucho.Info
Atrás das grades – Na iminência de o Brasil sediar as Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014), além das Olimpíadas, o projeto do deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS), que pune dirigentes esportivos corruptos, deve ser votado nesta semana pela Comissão de Turismo e Desporto da Câmara.
Deputado Alceu Moreira: punição para dirigentes corruptos |
O texto do parlamentar gaúcho prevê pena de um a quatro anos de reclusão, mais multa, para o dirigente esportivo – de clubes, associações ou federações – envolvido em gestão fraudulenta ou enriquecimento ilícito. O relator do projeto, deputado Romário (PSB-RJ), não apenas defendeu a aprovação da matéria, como foi um dos responsáveis por colocar a proposta em pauta na comissão. Caso seja aprovada na Comissão, a medida segue para votação em plenário.
Da Ascom
Em
noite de festa e homenagens, foi realizada no último sábado (17/11), no Sítio
São José, na Maiobinha, a primeira edição do Troféu “Gente que Brilha 2012”,
que homenageou personalidades luminenses. O evento reuniu políticos,
empresários, imprensa, e demais convidados. Um destaque para, o prefeito de Paço
do Lumiar para o eleito, no pleito de 2012, Josemar Sobreiro (PR) e Marconi
Lopes (PSL).
As personalidades
foram escolhidas através do critério de ações e bons resultados gerados em benefício
da população de Paço do Lumiar, pela ética, moral e vida profissional
evidenciada pelas suas condutas empreendidas, e pelas atividades desenvolvidas
em seus segmentos de atuação.
O prefeito eleito de Paço do Lumiar, Josemar Sobreiro: troféu e reconhecimento da imprensa da cidade |
Para o Professor
Josemar, um dos homenageados da noite com o “Troféu Lula”, ter recebido tal
reconhecimento por parte daqueles que fazem a imprensa, é bastante
recompensador, pois é por meio dos blogs e sites, que a sociedade toma
conhecimento do cenário político, econômico e social do município. “A imprensa
tem que ser livre, sem amarras. É com o poder de abrangência da comunicação,
que se faz a opinião pública”, completou Josemar.
O Troféu Lula é uma
referência à trajetória política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
onde ambos obtiveram sucesso eleitoral após vários anos de muita persistência e
determinação, sendo hoje, políticos
com grande popularidade e de prestígio.
O Prêmio - O “Gente que Brilha” surgiu com a união
de três amigos blogueiros do município: Rilton Silva, Judson Carlos e Chagas
Freitas, que, utilizam-se de seus espaços para propagar informações sobre os
acontecimentos de Paço do Lumiar, e demais assuntos de grande relevância. “Este
prêmio foi idealizado para valorizar os profissionais da nossa querida região,
a sua trajetória e importância para a sociedade, sendo eles, rotineiramente
pauta em nossos blogs”, declararam os organizadores do prêmio.
Após a
solenidade, os homenageados confraternizaram-se posando para fotos. Na
oportunidade, foi servido um coquetel aos presentes.
Com edição de ANB Online.
O Brasil real e a imprensa nativa: um desencontro marcado
-“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula].
Por Roberto Amaral
Em qualquer análise à nossa grande imprensa (ela prefere chamar-se de ‘mídia’), lamentável é a necessidade de repetir, cem vezes repetir e continuar repetindo, que o objeto de nossos ‘meios’ não é informar (já ninguém cobra isenção), mas manipular a informação, e fazê-lo de forma aética, porque escondida, negada, negaciada. A grande imprensa, senhorial, travestida no papel de vestal, toma partido, distorce os fatos segundo seus interesses econômicos-políticos, posando de imparcial. Aliás, penso que a questão de fundo já não é a manipulação, o partis pris, mas a insistência em apresentar-se como isenta, na tentativa de conquistar abono social para sua má conduta. Julga-se acima do bem e do mal, acima das leis e do Estado, mas, ao contrário da mulher de César, não é séria, nem parece ser séria.
É clássico, conhecido até pelos alunos dos primeiros períodos dos cursos de Comunicação Social (meus alunos pelo menos sabiam), o mecanismo de construção da realidade mediante a criação de ‘fatos’, pois, ‘real’ não é o evento assim como ocorreu, mas o evento narrado (a ‘notícia’), real ou não.
Entre nós, esse processo já virou prática cediça, e, uma vez conhecido, a mais ninguém engana. Funciona assim: um órgão da auto-intitulada ‘grande imprensa’ veicula um texto criado em sua ‘cozinha’ a partir de simplesmente nada ou de ilações, o que dá no mesmo, e nos dias imediatos, cada um à sua vez, os jornalões seguem repetindo aquela matéria já como se ela fosse uma ‘notícia’, e o ‘fato’, isto é a matéria inventada, passa a ter vida. Em regra, ou a ‘denúncia’ é lançada por um jornalão e repicada na revistona, ou começa na revistona (é o caso recente) e termina nos jornalões.
Termina, em termos. Pois essas matérias, de extrema falsidade, de um jornalismo que, se tivesse cor, seria a marrom, não foram criadas como obra jornalística, mas simplesmente para alimentar ações políticas, de uma oposição sem capacidade de criar fatos, como docemente nos informa dona Maria Judith, com a alta responsabilidade de presidente da ANJ. Aí, então, eis o ritual, um indefectível senador, sempre presente na mídia televisiva, aparece denunciando a ‘gravidade dos fatos apontados pela mídia’, e sua ‘denúncia’ volta a alimentar a mídia.
Quais são os fatos, desta feita?
A revistona em edição de setembro último, com base numa conversa que o Sr. Valério teria tido com uma terceira pessoa não identificada, afirma, em matéria de capa, que o ex-presidente Lula comandava o ‘mensalão’. A ‘reportagem’, como previsto, vira notícia nos jornalões, nos quais é repetida sem nada lhe haver sido acrescentado, a não ser pelo Estadão (manchete), ao aduzir que o inefável Valério, em depoimento que teria dado ao Ministério Público Federal (inquérito que não tem o mínimo trecho transcrito), teria citado Lula, Palocci e Celso Daniel, relembre-se, o prefeito de Santo André assassinado em 2002, fato volta e meia retomado pela mídia com lances de sensacionalismo. Segundo o jornalão paulista o Planalto teria pedido a ajuda dos cofres de Valério para calar pessoas que não identifica, as quais estariam fazendo chantagem contra quem não diz. A seguir, a pauta volta para a revista.
Sem citar fonte, como sempre, Veja, a inexcedível, ‘descobre’, na edição seguinte, que os chantageados seriam o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho. E volta o carrossel da irresponsabilidade jornalística: a ‘matéria’ inventada’ vira notícia reproduzida por Estadão, Globo e FSP, até o momento em que um hoje obscuro deputado pernambucano asilado em SP é filmado no protocolo do Ministério Público, em Brasília, pedindo abertura de inquérito contra o ex-presidente.
A propósito dessa manipulação grosseira que procurei descrever em poucas linhas, chega-nos em nosso socorro a jornalista Suzana Singer, a ombudsman da FSP, em sua coluna de 11 do corrente, acusando, com sua autoridade, a imprensa de servir de porta-voz do Sr. Valério, ao reproduzir, sem critério e acriticamente, os recados ameaçadores’ do operador do chamado ‘mensalão. Estariam, assim — as palavras são minhas–, o vetusto Estadão e seus colegões participando de uma chantagem?
Cedo a palavra à brava Suzana:
“É fundamental também deixar claro para o leitor que o empresário mineiro [Valério] não falou com a imprensa – a Veja não diz que o entrevistou, o Estado não publicou transcrições do depoimento e a Folha reproduziu os concorrentes”.
Eis o corpus delicti de nossa imprensa.
Onde mais estará a tragédia republicana? Em uma oposição sem rumo, nau soprada pelos ventos dos empresários da Comunicação, ou em uma mídia que assume o papel de partido político, renunciando ao seu ofício primário de informar? A essa altura ainda será possível (mesmo aos ingênuos de carteirinha) identificar o dever/direito de informar como a missão da imprensa, ou isso é mesmo uma só balela, das muitas que nos pregam, como a ‘isenção’ da Justiça e do Estado na sociedade de classes?
A construção também se dá pelo inverso: a imprensa altera favoravelmente os fatos que lhe desagradam. Na cobertura das últimas eleições, construindo, como “o recado das urnas” a existência de uma oposição reanimada no Norte-Nordeste (manchete de O Globo, 30.10.2012), ou escolhendo como vitorioso o senador Aécio Neves, papagaio de pirata das vitórias do PSB. O mesmo O Globo, já antes, em 2010, dera exemplo primoroso dessa alienação ao garantir, em caderno especial, que o governo Lula havia sido um total fracasso, muito embora a realidade (Ora, a realidade…) mostrasse o presidente com aprovação superior a 80%… Se não podemos mudar a realidade, dir-se-ão os editores do jornal, podemos pelo menos negá-la. Os veículos mais desapegados da realidade (falo da revista paulista e do diário carioca) parecem tratar seus leitores como aquele protagonista de ‘A vida é bela’, que ilude seu filho colorindo-lhe o mundo, para que ele não perceba o contexto em que está vivendo (a dura realidade de um campo de concentração).
Perguntará um rodriguiano ‘idiota da objetividade’: — Mas é possível os meios de comunicação desconsiderarem a opinião pública? Respondo-lhe: esse trabalho político-ideológico é apoiado em um tratamento da informação como um ‘produto’, que visa a um nicho específico do mercado; a família Marinho, por exemplo, oferece, por meio do ‘Jornal Nacional’ (TV Globo), do Globo, da Globonews e do Valor, diferentes produtos, cada um matizado em função do público-alvo. O jornal impresso atende a algo como 300 mil pessoas que partilham, grosso modo, de valores semelhantes àqueles esposados pela cúpula do partido, isto é, da imprensa. Cada um fala à sua militância.
Na vida real, todavia, não há como iludir os eleitores: o ex-presidente deixou o poder consagrado, enquanto seu antecessor posa como um rei no exílio; Dilma foi eleita e os partidos da base do governo ganharam em algo como 16 das 26 capitais em disputa, e, entre elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, e Natal, Recife, Fortaleza e São Luiz no Nordeste.
Às vezes é duro encarar os fatos.
Roberto Amaral é jornalista e articulista. Escreve para os principais veículos de comunicação do país.
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