terça-feira, 20 de novembro de 2012

 
Presidente do PPS ribamarense solicita audiência com secretário de administração


Marco Aurélio enviou ofício solicitando audiência com o secretário de administração da prefeitura, Rodrigo Valente; projetos concebidos por ele na região do Parque Jair estão sendo vitimados pela morosidade do Governo Municipal.


Por Fernando Atallaia
Da Agência Baluarte


Projetos de alta envergadura e de incontestável alcance social que podem beneficiar milhares de famílias ribamarenses na região do Parque Jair e circunvizinhança, mas que estão sendo delegados ao abandono e deixados no esquecimento pela Prefeitura Municipal de São José de Ribamar. Esta é a realidade do projeto de implantação do Centro de Distribuição de Correspondências-CD dos Correios daquele bairro, que vem encontrando resistência à sua funcionalidade diante da não contrapartida do Executivo para efetivação e operacionalização a contento, e ainda do Programa Nacional de Habitação Rural-PNHR, que anunciado oficialmente há quase um ano, ainda não conseguiu sair do plano teórico.
De acordo com o autor dos projetos, empresário Marco Aurélio, presidente do Partido Popular Socialista-PPS do município, as medidas preliminares para operacionalização e metas de execução já foram iniciadas, mas a prefeitura ainda não cumpriu com a parceria e acordo firmados. ‘’Tomamos os primeiros passos para a pragmática de ambos os projetos, mas a Prefeitura Municipal precisa fazer sua parte e cumprir a parceria firmada, que passa pela logística e apoio à implementação, assim bem, como a definição e liberação da área territorial no caso do PNHR, passando também pelos trâmites legais, onde se incluem as documentações necessárias à implantação; a população ribamarense estar esperando esta resposta do prefeito e nos cobra diariamente’’, frisou o empresário. 
Marco Aurélio(ao centro) com diretores dos Correios e lideranças comunitárias do Parque Jair: esperando por uma resposta da prefeitura

Tanto o Programa Nacional de Habitação Rural-PNHR (Governo Federal) quanto o Centro de Distribuição de Correspondências-CD(Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) são projetos realizados em parceria com a Inciativa Privada e governos Municipal e Federal, sendo que a prefeitura enquanto instituição co-gestora na aplicação e operacionalização dos mesmos não seria ‘atingida’ com nenhum ônus à sua receita financeira ou mesmo tesouro municipal, o que vem mostrando a falta de interesse do Poder Público de São José de Ribamar com iniciativas isentas de interesses particulares e que só contemplam o coletivo. ‘’ Eu não entendo essa gestão, se os projetos podem beneficiar a comunidade sem precisar do dinheiro institucional, o dinheiro da prefeitura, porque eles não apoiam e liberam? É uma vergonha, dá pra perceber claramente que eles não querem o bem da coletividade’’, afirmou, intrigado, o Sr. Sérgio Reis, um dos moradores antigos do Parque Jair. 
O secretário Municipal de Administração e Planejamento, Rodrigo Valente: morosidade no andamento dos projetos


Descaso e omissão- Diante da postura desrespeitosa e omissa da Prefeitura Municipal com os projetos, Marco Aurélio encaminhou-recentemente-, ofício reivindicando agenda para tratar do assunto, que no Parque Jair vem gerando grande revolta entre os moradores locais. ‘’ Sempre que nos reunimos com a comunidade do Parque Jair, ouvimos reclamações e cobranças e a revolta é geral, o povo quer saber quando os projetos estarão funcionando na totalidade, operando todas as suas funções, até aonde podíamos fazer fizemos, agora a responsabilidade é da administração municipal, é a única informação que temos e podemos fornecer como resposta à população daquele sofrido bairro’’, disse o socialista.


A equipe de reportagem de ANB Online tentou contato com o secretário de Administração da prefeitura, Rodrigo Valente, para obter maiores esclarecimentos sobre a situação dos projetos, mas nenhuma ligação a ele feita nas últimas semanas foi atendida. Posteriormente, tentamos contatar de forma exaustiva o secretario de Governo Municipal, Fredson Froz, mas como já é de praxe, ele não atendeu a nenhuma de nossas ligações. Sabe-se, contudo que os projetos em questão estão sem determinação oficial para suas respectivas implementações finais, e que ainda estão congelados sob o obscurantismo da atual gestão, para quem a Área Social do município não é nada importante.



 
Leia na íntegra o poema ''Os mortos de centelha'' da obra inédita A casa de Almíscar, de autoria do poeta e escritor ribamarense Fernando Atallaia

 
Os mortos de centelha


Sabem mais que eu os mortos dependurados na parede

Tais quais retratos amarelados sem memória

Sabem mais que eu a dor e a glória de um incompreendido no presente


Estes mortos que falam à mente de outros vivos-mortos  em passadas

Acorda demente!

Acorda, retraído de estrada!


O mundo é um clarão a ofuscar teus medos

O mundo, este vulcão a queimar teus sortilégios. 

Na noite escura um lampião amordaçado ou um paiol à cruz dos cegos? 

 
 
Os mortos de centelha buscam a parca luz no fim do túnel

Mas os pregos da mão dominante dobram vagalumes

Não é demais vagar entre lumes sem aurora

Não é demais arquejar agora e acordar no depois ululante

Morre o infante, mas a nau rodopia sem parar.


Os mortos estão sussurrando às nossas orelhas como crianças

Acordam nus ante o espelho da taberna


Juntando aos recônditos da miséria olhos e inteligência.    
Nas artérias reclamando a demência de um pulsar sedento ajoelhado
Adiante?

 
Sigamos no escuro à luz de velas
Sabemos dos crepúsculos como os mortos sabem das ideias
Mais invisíveis somos se sondamos os vivos nos banheiros da vergonha.

 
Não há honra em cemitérios visitados não há honra além da terra encravada
Dos pés ao pescoço leito de pele e osso
Húmus/adubo que gritará às árvores do futuro
Morre o homem. Morre o tudo.
 

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