domingo, 30 de março de 2014
"Povo escroto; lugar nojento", diz piloto sobre o Nordeste

“Povo escroto, porco, nojento, relaxado, medíocre” Piloto da Avianca xinga nordestinos e é hostilizado em rede social

 

Um piloto da Avianca causou polêmica ao colocar em seu perfil no Facebook um texto em que xinga os nordestinos. Tudo porque recebeu um prato diferente do que pediu em um restaurante em João Pessoa, na Paraíba – e com demora excessiva.


piloto avianca nordeste preconceito
Piloto da Avianca destilou preconceito contra nordestinos em sua conta do Facebook. Companhia aérea disse que repudia declarações do funcionário (Reprodução)
Ele escreveu: “Pra manter o padrão porco, nojento, relaxado, medíocre, escroto de tudo no Nordeste como sempre… Depois de 1 hora e 10 esperando um filé de peixe simples sem nada de diferente, eles conseguem errar e fazer outra coisa completamente diferente do cardápio, que já não tem opção nenhuma… Povo escroto do ca@#%¨&! Lugar nojento”.
De acordo com a página do facebook de Eduardo, ele é natural de Blumenau, mas atualmente mora em São Paulo e tem 29 anos.

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Piloto da Avianca destilou preconceito contra nordestinos em sua conta do Facebook. Companhia aérea disse que repudia declarações do funcionário (Reprodução)
Quem divulgou o episódio foi o apresentador local Nilvan Ferreira, no ClickPB. A partir daí, a mensagem ganhou repercussão; vários internautas começaram a chamar o piloto de preconceituoso e cobrar uma posição da Avianca –e a demissão do funcionário.
 
Questionado pelos internautas, o piloto disse que não se tratava de preconceito. “É a opinião de quem acha esse lugar uma merda e pronto!” (…) Os serviços são sujos e em geral é mal-educado e folgado (…)”.
O piloto apagou a mensagem e, aparentemente, seu perfil no Facebook.

Nota da Avianca

No final da tarde, a empresa se manifestou, também pelo Facebook: a companhia disse repudiar “veementemente o comentário atribuído a um funcionário seu (…) de cunho preconceituoso”. A empresa disse desprezar atitudes contrárias à “ética” e afirmou que respeita e admira todos os povos.

Veículo do músico foi tomado de assalto em plena avenida
 
Por Fernando Atallaia
Direto da Redação

O músico maranhense Chiquinho França teve o veículo roubado na noite de sábado (29) em plena avenida Guajajaras em São Luís por dois  assaltantes.

O músico maranhense Chiquinho França: vítima de assalto na Guajajaras


 O músico ficou sem reação no momento da ação dos bandidos e se conteve. França foi abordado com requintes de crueldade. ‘’Uma humilhação agressiva; muitos empurrões e revolver na cabeça’’, contou à reportagem.



Chiquinho França até o momento ainda não localizou o veículo roubado. ‘’ Nem notícia, a polícia está de greve’’, criticou o músico.  

A avenida Guajajaras é uma dentre as centenas de vias da capital do estado onde a incidência de assaltos à mão armada tem sido uma realidade durante todo o dia e noite. A população já não sabe o que fazer e quais providências tomar. 

A Praia Grande onde fica localizado o Projeto Reviver é o retrato do abandono


Por Fernando Atallaia

Direto da Redação

Prédios e casarões históricos ruindo e deteriorados; segurança pública ausente; atrações musicais desprezadas e turistas sobressaltados e desprotegidos. Este é o cenário do bairro Praia Grande, o mais cultural da capital maranhense e onde fica localizado o conhecido Projeto Reviver, local de encontro e articulações de artistas e produtores culturais do estado.

O bairro em seu conjunto passa por sérios e graves problemas. Do Desterro ao Portinho, segundo constatou a Agência Baluarte, a falta de infraestrutura é gritante. Atualmente, a onda de violência seguida de farta incidência de assaltos e homicídios vêm sendo uma constante. 

Um dos casarões do Projeto Reviver no bairro  Praia Grande  deteriorado pelo descaso da Secma e Cia
 No Projeto Reviver, onde ainda se concentra boa parte da população da cidade que busca por entretenimento cultural, a insegurança se multiplica a cada dia. O único trailer de polícia militar localizado na praça Nauro Machado foi retirado há semanas e vários assassinatos e tentativas de homicídios têm sido registrados naquela área.


Os comerciantes em sua maioria os principais locatários de bares no Reviver reclamam da ausência de políticas públicas do Governo do Estado que, deixando à mercê do abandono o Projeto, não oferece ações de preservação e fortalecimento das expressões culturais ali presentes. Lojas de artesanato estão instaladas em prédios que ameaçam desmoronar e as atrações musicais do local são cada vez mais raras. 

Rua no Projeto Reviver: assaltos, assassinatos e a crescente onda de violência expulsam maranhenses e turistas  do centro histórico
 ''Estamos apavorados com tanta violência no Reviver, tá tendo muito assalto e homicídios e os turistas estão assustados com essa realidade; mesmo os maranhenses que frequentam o Projeto não estão vindo mais; o Reviver hoje é um local abandonado, virou um problema, é espaço desprezado que mais parece uma cidade-fantasma'', disse um garçom que há 15 anos trabalha no Projeto e que pediu para não ser identificado por medo de represálias da Secretaria de Cultura. 
 
O antecessor: Bulcão, antes de Olga Simão, à frente da Secma, também nunca deu a ''mínima'' para a Praia Grande e o Projeto Reviver


Estacionamento e desprezo da Secma- Além da visível preocupação dos frequentadores do Projeto Reviver/Praia Grande com a insegurança acentuada de ruas e praças do bairro histórico, há também discrepâncias igualmente presentes onde o desprezo da Secretaria de Cultura do Maranhão-Secma se faz ouvir, diariamente. 

Ao lado da chamada ‘’Casa do Maranhão'', por exemplo, a antiga praça do Tombo da Ladeira que servia de concentração para produtores culturais desde a década de 90 virou um grande estacionamento. Às sextas-feiras o espaço é tomado por veículos de todas as trações que invadem e depredam os azulejos que deveriam ser rigorosamente preservados. Por se tratar de um bairro que integra uma cidade Patrimônio da Humanidade, a Praia Grande, exponencial e detentor de um inigualável acervo arquitetônico ao invés de receber tratamento digno recebe tratamento inverso e pede socorro. 

A atual secretária de Cultura do Estado do Maranhão, Olga Simão: desprezo pelo bairro mais cultural do Estado do Maranhão
 Nossa reportagem tentou contatar a Secretária de Cultura do Estado do Maranhão, Olga Simão, para saber o porquê de tanto desprezo de sua Pasta pelo Bairro, mas até o fechamento dessa matéria nenhuma ligação realizada por nossa equipe havia sido atendida. Logo após, obtivemos a informação de que a titular da Secma não se encontrava na cidade. Havia feito um tour pelos estados da Bahia; Pará; São Paulo; Rio de Janeiro e Ceará com o objetivo de contratar artistas forasteiros para apresentações nas próximas festividades do Maranhão. Um procedimento corriqueiro!

ONU aprova investigação de crimes de guerra no Sri Lanka


Ilha asiática passou por longo conflito armado entre maioria cingalesa e oposição tâmil

Do Opera Mundi


O Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) autorizou nesta quinta-feira (27) uma investigação criminal composta por 47 países para analisar as atrocidades cometidas durante a guerra civil no Sri Lanka (1983-2009).

Para Navi Pillay, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, as autoridades da ilha asiática fizeram “pouco progresso” no sentido de assegurar a responsabilidade pelos crimes de guerra contra a oposição tâmil. Em resposta, o porta-voz do presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, disse à Al Jazeera que não sabia se o governo iria cooperar com a investigação, pois rejeita veementemente as acusações.


Navi Pillay: crimes de guerra no Sri Lanka sob as lentes da ONU
"Não se trata de direitos humanos, mas de uma motivação política e tendenciosa; uma injusta violação à soberania do Sri Lanka”, afirmou ao veículo árabe. "A liderança de Rajapaksa derrotou o terrorismo e assegurou o direito humano supremo: o direito à vida” completou o porta-voz.

De acordo com Pillay, o Sri Lanka vem se tornando cada vez mais um Estado autoritário. Os Estados Unidos apelaram ao Conselho para investigar os mais recentes ataques contra jornalistas, defensores dos direitos humanos e das minorias religiosas no país. "Ainda há muito trabalho a ser feito para garantir uma verdadeira reconciliação, bem como uma instauração de um governo democrático que respeite os direitos humanos no Sri Lanka”, disse a vice-secretária assistente de Estado dos EUA, Paula Schriefer.


Entenda o conflito

O Sri Lanka passou por uma guerra civil que durou 26 anos e custou a vida de pelo menos 100.000 pessoas. O conflito terminou há cerca de 5 anos, quando as tropas do governo cingalês esmagaram a oposição separatista, conhecida como Tigres Tâmeis. O grupo era composto pela minoria de etnia tâmil, que alegava sofrer discriminação da maioria cingalesa e exigia a formação de um Estado independente na ilha, denominado Tamil Eelam.


protesto Sri Lanka questiona ONU sobre direitos humanos
Manifestantes insatisfeitos com resolução das Nações Unidas ocupam ruas do País em protesto 
Para a ONU, ambos os lados são responsáveis pelas atrocidades cometidas durante a guerra, mas culpam principalmente as tropas do governo pela realização de ataques contra áreas predominantemente civis no período mais grave do conflito – entre setembro de 2008 e maio de 2009.  De acordo com o relatório das Nações Unidas, nesta fase final da guerra, estima-se que 40.000 pessoas foram mortas – estatística contestada pelas autoridades cingalesas.

Na quarta-feira (26/03), centenas de manifestantes do grupo muçulmano Thawheed Jamaath se reuniram em Colombo, antiga capital do país, para mostrar insatisfação pela atitude da ONU. "Se a resolução passar, os Tigres Tâmeis vão tentar se reorganizar e restabelecer seu poder. Se isso acontecer, haverá outra guerra com a ascensão do problema étnico no Sri Lanka", explicou Thawseef Ahamed, um dos organizadores do protesto, à Al Jazeera. "Estamos agora vivendo uma vida pacífica e não temos nenhum problema neste momento", acrescentou.

De volta as origens, PV lançará candidaturas próprias. Washington Rio Branco foi indicado para concorrer ao Senado


Blog do D'Éça

O Partido Verde já oficializou o médico Eduardo Jorge como pré-candidato à presidência da República.

Mas o partido pretende ter candidaturas majoritárias próprias também nos estados.

O ex-secretário de Meio Ambiente do estado do Maranhão, Washington Rio Branco: candidatura ao Senado Federal
Durante encontro nacional, semana passada, o ex-secretário de Meio Ambiente do Maranhão, Washington Rio Branco, que é dirigente nacional,  foi convocado a sair candidato ao Senado pelo Maranhão para dar palanque à candidatura presidencial.

 - Além de ter sido secretário do meio ambiente de São Luís e do Estado, nosso desejado candidato é professor universitário e tem ampla qualificação para exercer o cargo - afirmou o presidente nacional, deputado federal Luis Penna (PV-SP).

O presidenciável Eduardo Jorge também aproveitou a ocasião para apresentar o documento “Viver Bem. Viver Verde”, com dez diretrizes para elaboração de um programa do PV para o Brasil.
Foram lançados, ainda, como pré-candidatos aos governos do Pará (José Carlos Lima), Paraná (Rosane Ferreira), Rio de Janeiro (Roberto Rocco), São Paulo (Gilberto Natalini) e Tocantins (Marcello Lelis).

Para garantir a candidatura de Washington Rio Branco – e o palanque para Eduardo Jorge -  o PV poderá ter no Maranhão a chamada chapa-camarão, aquela sem candidato a governador.

"Se a mulher se comportasse haveria menos estupros"

Estudo do Ipea mostra que a população não tolera violência doméstica, mas aceita discurso de que a vítima é quem provoca a agressão 
 
 
 
“Se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros”. “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. “Tem mulher que é pra casar, tem mulher que é pra cama”. “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”.
Frases como essa são aceitas, parcial ou totalmente, pela maioria dos brasileiros em pleno 2014. A conclusão, divulgada nesta quinta-feira 27, faz parte de uma pesquisa sobre tolerância social à violência contra mulheres realizada com 3.810 pessoas pelo Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Segundo o mesmo estudo, cerca de um terço dos brasileiros aceita, total ou parcialmente, ideias como a de que a mulher casada deve satisfazer o marido na cama, mesmo sem vontade (27%).

O resultado mostra alguns pontos aparentemente contraditórios no discurso sobre violência doméstica no Brasil. Por exemplo: a grande maioria dos entrevistados (78%) concorda "totalmente" com a prisão de maridos que batem em suas mulheres e refuta a ideia de que a violência é apenas uma manifestação da natureza masculina (75%).

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Abertura da Campanha de Enfrentamento da Violência contra a Mulher, em Porto Alegre
O paradoxo, segundo os pesquisadores, é apenas aparente. A começar pela dificuldade em desmascarar os perigos de considerar essas agressões uma questão privada a ser resolvida na intimidade dos lares. Para 82% dos entrevistados, o que acontece com o casal em casa não interessa aos outros – portanto, tem menos possibilidades de ser verbalizado e tratado como crime. É aí que mora o perigo.

No discurso, o brasileiro tende a condenar veementemente a violência, física ou psicológica, mas ainda tem dificuldades em dissociar essa violência de um conjunto de normas socialmente aceitas. Essa dificuldade se revela sobretudo quando o tema é violência sexual. A diferença de postura de tolerância/intolerância à violência doméstica e à violência sexual, dizem os pesquisadores, reafirma a dificuldade de se estabelecer no Brasil uma agenda de direitos sexuais.

“Por maiores que tenham sido as transformações sociais nas últimas décadas, com as mulheres ocupando os espaços públicos, o ordenamento patriarcal permanece muito presente em nossa cultura e é cotidianamente reforçado na desvalorização de todas as características ligadas ao feminino, na violência doméstica, na aceitação da violência sexual”, conclui o estudo. "Causa espanto observar que 65% das pessoas que responderam à pesquisa concordam com a afirmação, nem um pouco sutil, de que 'mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.'"

Segundo os pesquisadores, a culpabilização da mulher pela violência sexual fica evidente quando, por exemplo, 58% dos entrevistados dizem concordar "totalmente" com a afirmação de que ela só é vítima de agressão sexual por não se comportar de maneira adequada. “Por trás da afirmação está a noção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então, as mulheres, que os provocam, é que deveriam saber se comportar, e não os estupradores. A violência parece surgir como uma correção: ela merece e deve ser estuprada para aprender a se comportar. O acesso dos homens aos corpos das mulheres é livre se elas não impuserem barreiras, como se comportar e se vestir ‘adequadamente’”.

Toda mulher quer se casar. Esse retrato não surge do nada. Tem como base a aceitação de um modelo que coloca o homem  omo “referência” em todos os espaços sociais. Nesse modelo, são os homens que detêm o poder público e o mando sobre o espaço doméstico - e sobre os corpos e vontades das mulheres.
Essa ideia fica evidente, por exemplo, quando 64% dos entrevistados dizem que “os homens devem ser a cabeça do lar” ou quando 79% afirmam que “toda mulher sonha em casar”.

Parecem frases inofensivas, mas não são. Por trás das afirmações, apontam os pesquisadores, está a ideia de que a mulher somente pode encontrar a plenitude em uma relação estável com um homem – ou que deve ser recatada sem almejar uma vida de solteira com muitos parceiros. Essa ideia, segundo o estudo, tem influência marcante da religião: católicos têm chances 1,5 vez maior de concordar com a afirmação de que toda mulher sonha em casar, e os evangélicos, 1,8. O índice cai, no entanto, entre grupos mais escolarizados. “Aqueles que consideram o homem como 'cabeça do lar' têm propensão maior a achar que a mulher é responsável pela violência sexual”, escrevem os autores.
Há uma tendência, no entanto, de discordar da ideia de que a mulher deve satisfazer as vontades do marido – o índice dos que refutam essa ideia (65%) é maior do que o de quem a aceita total ou parcialmente (41%). “Essa afirmação coloca subliminarmente a delicada questão do estupro no âmbito do casamento, um tabu resultante do confronto entre os comportamentos e desejos sexuais femininos e masculinos.”

A conclusão dos pesquisadores é que, de maneira geral, há hoje uma dificuldade em admitir posturas mais toleráveis à violência de gênero. "Resta saber se as práticas também seguem esse movimento, e os indícios parecem apontar que não."

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