quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Punidos os PMs das fotos com mulheres em viaturas
Do GI
Os dois policiais militares envolvidos na publicação de fotos com mulheres seminuas em uma viatura da Polícia Ambiental foram punidos e detidos disciplinarmente na Corregedoria da polícia. Segundo a polícia, a detenção tem validade por um período de cinco dias.
De acordo com informações da PM, dois policiais participaram da ação, apesar de apenas um deles aparecer nas imagens. Comprovada a participação de ambos, eles foram detidos e seguem sendo investigados.
FANFARRA BOA Os PMs já foram punidos |
Segundo a polícia, além da detenção os policiais passaram a responder um processo disciplinar que está analisando a conduta da dupla com base nos valores e na ética profissional. A possibilidade de exoneração não foi descartada.
No dia 4 de dezembro, uma série de fotos onde cinco jovens nuas aparecem fazendo poses sensuais e até se beijando em cima de uma picape da Polícia Ambiental, acompanhadas de um policial militar fardado, começou a circular nas redes sociais.
A placa e o código da viatura estão cobertos com panos, assim como outros detalhes, mas os artifícios não foram suficientes para descaracterizar o veículo oficial.
Último réu do Carandiru é condenado a 624 anos de prisão
Policial já estava preso por ter assassinado um travesti em 2011, e tem participação no homicídio de outros três homossexuais; Réu responde por 52 das 111 mortes de presos no Pavilhão 9 na Casa de Detenção
Da Radioagência
O último réu do massacre do Carandiru, o ex-policial militar Cirineu Carlos Letang Silva, de 50 anos, foi condenado a 624 anos de prisão na noite desta terça-feira (9). Ele responde por 52 das 111 mortes de presos no Pavilhão 9 na Casa de Detenção. O réu deve cumprir pena em regime fechado.
O ex-soldado foi considerado culpado, pela maioria dos jurados, no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo. Silva é o primeiro PM condenado pelo massacre que vai ficar preso pelos crimes cometidos em 1992, durante a gestão do governador Luiz Antônio Fleury Filho.
O massacre do Carandiru chocou o Mundo; último culpado recebeu pena de 624 anos de prisão O ex-policial foi o último réu do caso a ser julgado devido a uma solicitação de seus advogados para que fosse feita uma avaliação prévia de sanidade mental. Silva já estava preso por ter assassinado um travesti em 2011, e tem participação no homicídio de outros três homossexuais. |
Em abril deste ano, outros 15 policiais envolvidos no massacre foram condenados a 48 anos de prisão em júri popular.
O massacre do Carandiru ocorreu em 2 de outubro de 1992, quando pelo menos 111 presos foram executados pela Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo, durante a contenção de uma rebelião. Mais de 300 agentes do Estado participaram da operação, comandada pelo Coronel Ubiratan. Ao final de quatro júris, 73 policiais foram condenados por 77 mortes.
Mulher é vítima de bala perdida no bairro da Alemanha
Um homicídio foi registrado na noite de ontem (10), entre os bairros do Monte Castelo e Alemanha. Elvânia Soares Martins, 34, morreu atingido por disparos de arma de fogo, na Rua Formosa.
A mulher foi atingida na cabeça quando estava chegando em sua residência. O tiro teria vindo de dois homens que estavam em uma motocicleta, que dispararam displicentemente pela rua.
Vânia Maria, como era conhecida, morre deixando duas filhas, uma de 11 e uma de 5 anos.
Polícia libera imagens da fuga dos assassinos do sargento Sá
A Delegacia de Homicídios, que investiga a morte do sargento PM Sá, assassinado no fim da noite do dia 7 de dezembro, último domingo, liberou as imagens da fuga dos criminosos que tiraram a vida do militar. O crime aconteceu por volta das 23h30, no bairro da Forquilha, e uma câmera de segurança flagrou a fuga de dois homens envolvidos no homicídio.
Imagens exclusivas mostram momento em que os assassinos fogem em debandada |
O delegado Jeffrey Furtado, titular da Delegacia de Homicídios, revelou que a divulgação para a imprensa é muito importante, pois ajuda a identificar os homens responsáveis pela morte do PM.
Nas imagens, pode-se ver que por volta das 23h43, a dupla passa correndo por uma via, mas são flagrados pelas câmeras. Minutos depois, várias viaturas da Polícia Militar fazem buscas pelos assassinos. Pelas imagens também pode-se ver a ambulância do Samu levando o policial para o hospital.
Fonte: Jornal Pequeno.
ELA TÁ DODÓI. EIS AQUI NOSSA HOMENAGEM: VOLTE LOGO, ANDRESSA!
Moradores interditam BR 135 por disputa de terra
Moradores interditaram trecho da BR 135 no bairro Santa Quitéria, em Bacabeira.
Eles reivindicam por demandas de terras |
Eles reivindicam por demandas de terras e já colocaram troncos de árvores e pneus para impossibilitar o tráfego de veículos nos dois lados da rodovia.
Os manifestantes teriam tentado quebrar uma viatura da Polícia Civil de Itapecuru durante o protesto. O Grupo Tático Aéreo está em deslocamento. Foto|divulgação: Bacabeira em Foco
Ligado a doleiro, André Vargas tem mandato de deputado cassado pelos colegas
A Câmara dos Deputados cassou, nesta quarta-feira (10/12), o mandato do deputado André Vargas (sem partido-PR), pelo suposto envolvimento dele com o doleiro Alberto Yousseff, considerado o principal operador do esquema de corrupção desbaratado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Ao todo, 359 deputados votaram pela cassação de Vargas. Os líderes de todos os partidos, inclusive do PT, também orientaram pela cassação do parlamentar paranaense. Seis deputados se abstiveram e apenas um deputado, o petista José Airton (CE) votou contra a cassação.
Nos corredores da Casa, Vargas já é visto como “a primeira vítima” da Lava Jato. O envolvimento dele com Yousseff foi descoberto semanas depois de deflagrada a operação, em março. A expectativa no Congresso é que o número de parlamentares cassados aumente conforme o Ministério Público Federal apresente as denúncias contra os réus com foro privilegiado.
Tentativa de derrubar a sessão
A votação da cassação começou por volta das 13h30 desta quarta-feira (10). A sessão da Câmara começou hoje às 11h, com a cassação de Vargas como primeiro item da pauta de votações. Por volta das 13h, o quórum de 257 deputados ainda não havia sido atingido. Foi quando o deputado José Mentor (PT-SP) assumiu a presidência e deu por encerrada a sessão, alegando o fim de um suposto prazo de duas horas para o atingimento do quórum. Deputados de oposição denunciaram a ocorrência de um “golpe”. “Ele pulou na cadeira do presidente e deu por encerrada a sessão. Não é possível! Isso aqui virou cangaço?”, reclamou o deputado José Aníbal (PSDB-SP). O quórum foi atingido momentos depois.
A sessão foi reaberta pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por volta das 13h e 30. Em seguida, os parlamentares aprovaram, por unanimidade, um requerimento colocando a cassação de Vargas como o primeiro item da pauta da sessão. No momento, parlamentares fazem defesas pedindo a cassação de Vargas. Se ele for cassado, será o primeiro parlamentar a perder o mandato pelo suposto envolvimento com o o esquema de corrupção liderado por Alberto Yousseff.
A Câmara dos Deputados cassou, nesta quarta-feira (10/12), o mandato do deputado André Vargas (sem partido-PR), pelo suposto envolvimento dele com o doleiro Alberto Yousseff, considerado o principal operador do esquema de corrupção desbaratado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Ao todo, 359 deputados votaram pela cassação de Vargas. Os líderes de todos os partidos, inclusive do PT, também orientaram pela cassação do parlamentar paranaense. Seis deputados se abstiveram e apenas um deputado, o petista José Airton (CE) votou contra a cassação.
SE FEDEU André Vargas foi se me meter com corrupto e perdeu o mandato |
Tentativa de derrubar a sessão
A votação da cassação começou por volta das 13h30 desta quarta-feira (10). A sessão da Câmara começou hoje às 11h, com a cassação de Vargas como primeiro item da pauta de votações. Por volta das 13h, o quórum de 257 deputados ainda não havia sido atingido. Foi quando o deputado José Mentor (PT-SP) assumiu a presidência e deu por encerrada a sessão, alegando o fim de um suposto prazo de duas horas para o atingimento do quórum. Deputados de oposição denunciaram a ocorrência de um “golpe”. “Ele pulou na cadeira do presidente e deu por encerrada a sessão. Não é possível! Isso aqui virou cangaço?”, reclamou o deputado José Aníbal (PSDB-SP). O quórum foi atingido momentos depois.
A sessão foi reaberta pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por volta das 13h e 30. Em seguida, os parlamentares aprovaram, por unanimidade, um requerimento colocando a cassação de Vargas como o primeiro item da pauta da sessão. No momento, parlamentares fazem defesas pedindo a cassação de Vargas. Se ele for cassado, será o primeiro parlamentar a perder o mandato pelo suposto envolvimento com o o esquema de corrupção liderado por Alberto Yousseff.
Mais de 1 milhão de maranhenses têm pelo menos uma doença crônicaHipertensão, problemas na coluna e colesterol alto estão as mais prevalentes no país, segundo pesquisa inédita realizada pelo Ministério da Saúde e IBGE
Mais de 33% da população adulta do Maranhão (MA), o equivalente a 1,4 milhão pessoas, possui pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), segundo dados inéditos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que essas enfermidades atingem principalmente o sexo feminino (38,5%) – são 878 mil mulheres e 570 mil homens (27,2%) portadores de enfermidades crônicas. No Brasil, o índice atinge cerca de 40% da população, o equivalente a 57,4 milhões de pessoas.
As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil. A hipertensão arterial, o diabetes, a doença crônica de coluna, o colesterol (principal fator de risco para as cardiovasculares) e a depressão são as que apresentam maior prevalência no país. A existência dessas doenças está associada a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo.
“Esta pesquisa traz o retrato atual da saúde da população. Temos de trabalhar de forma intersetorial para reverter esse quadro, incentivando a prática de exercícios físicos e outras medidas voltadas a um estilo de vida mais saudável. As equipes de Saúde da Família têm tido uma atuação importante nessa área, com a realização de grupos de caminhada e de dança, e muitas cidades tem valorizado as ciclovias, por exemplo. Temos de romper esse hábito de sentar na frente da televisão e chamar a atenção da população sobre o sedentarismo. O Ministério da Saúde, agora, tem um desafio ainda maior com o Mais Especialidade, direcionando o nosso olhar aos dados da PNS”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O estudo classificou ainda a presença das doenças crônicas por região, mostrando que o Sul e o Sudeste obtiveram os maiores índices – com 47,7% e 39,8%, respectivamente. Em números absolutos, isso significa 10,3 milhões de habitantes do Sul e 25,4 milhões do Sudeste. O Centro-oeste é a terceira região com maior prevalência – 4 milhões de pessoas (37,5%), seguido do Nordeste e o Norte, com 36,3% e 32% dos habitantes – sendo 14 milhões de nordestinos e 3,4 milhões dos que vivem na região Norte. Em todas as regiões as mulheres tiveram maior prevalência quando comparadas aos homens. Isso ocorre pelo fato delas procurarem atendimento em saúde de forma espontânea com mais frequência do que os homens, facilitando assim o diagnóstico de alguma possível doença crônica.
Hipertensão e Diabetes – Doenças crônicas de grande magnitude, sendo também as mais graves, a hipertensão e o diabetes foram alvo de profunda investigação da PNS. A pesquisa revelou que a hipertensão atinge 597 mil pessoas acima de 18 anos no Maranhão, o que corresponde a 13,6% da população. Importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a doença aparece mais no sexo feminino, com prevalência em 17,6% das mulheres e 9,3% dos homens no estado. No Brasil, a hipertensão atinge 31,3 milhões de adultos, o que corresponde a 21,4% da população.
A proporção de hipertensos no país aumenta com o passar da idade. Entre os jovens, de 18 a 29 anos, o índice é de apenas 2,8%; dentre as pessoas de 30 a 59 anos é de 20,6%, passando para 44,4% entre 60 e 64 anos, 52,7% entre 65 e 74 anos e 55% entre as pessoas com 75 anos ou mais. O acesso à informação também é visto como um fator de proteção. A PNS revela que 31% das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto afirmaram ter a doença. A proporção se reduz quanto maior a escolaridade – caindo para 16,7% entre os com ensino fundamental. No entanto, em relação às pessoas com superior completo o índice é de 18,2%.
O levantamento mostra também que o acompanhamento da Atenção Básica tem sido fundamental para reduzir os desfechos mais graves da doença. De acordo com a PNS, 69,7% dos hipertensos receberam assistência médica no último ano, sendo que 45,9% foram tratados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Destes, 56,4% afirmaram que o médico que os atendeu na última consulta era o mesmo das anteriores e outros 92% afirmaram que conseguiram realizar todos os exames complementares. Já 87% dos pacientes foram encaminhados para consulta com médico especialista e conseguiram o atendimento.
Outro importante dado apontado pela PNS é a obtenção do medicamento para o tratamento. No Brasil, 35,9% afirmaram obter pelo menos um medicamento para hipertensão por meio do Programa Farmácia Popular. Além disso, 91,1% receberam recomendações médicas para reduzir a ingestão de sal; 87,4% para a realização de acompanhamento regular; 88,4% para a manutenção de uma alimentação saudável e 84,7% para a manutenção do peso adequado.
O sudeste é a região com maior prevalência da hipertensão arterial (23,3%), seguida pelo Sul e o Centro-Oeste, com 22,9% e 21,2%. Nordeste e Norte têm as menores prevalências, registrando índices de 19,4% e 14,5% da população. Somente 3% dos entrevistados afirmaram nunca terem aferido a pressão arterial.
Já o diabetes, transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, atinge 235 mil pessoas do Maranhão – o que corresponde a 5,4% da população adulta local. As mulheres (7,6%), mais uma vez, apresentaram maior proporção da doença do que os homens (2,9%) – 173 mil contra 71 mil habitantes. Em todo o Brasil, 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta – possuem a doença.
Assim como no caso da hipertensão, no Brasil, quanto maior a faixa etária maior a prevalência do diabetes: 0,6% entre 18 a 29 anos; 5% de 30 a 59 anos; 14,5% entre 60 e 64 anos e 19,9% entre 65 e 74 anos. Para aqueles que tinham 75 anos ou mais de idade, o percentual foi de 19,6%.
Em relação à escolaridade, percebe-se que no país as pessoas sem instrução e com fundamental incompleto apresentaram maior predominância do diabetes (9,6%). Já as com superior completo apresentaram apenas 4,2% de prevalência. O Sudeste é a região com a maior proporção de diagnósticos médicos (7,1%), com 4,5 milhões de habitantes diabéticos. O Centro-Oeste aparece em segundo lugar (6,5%), com 696 mil pessoas, seguido pelo Sul - com 1,3 milhão de doentes (6,2%). Nordeste e Norte são as regiões com menor prevalência – 2 milhões de nordestinos (5,4%) e 464 mil habitantes do Norte (4,3%).
Dados nacionais sobre o atendimento mostram, por exemplo, que a Unidade Básica de Saúde (UBS) também foi o principal local mencionado pelos entrevistados com diabetes que receberam assistência médica nos últimos 12 meses – 47% da população com a doença, ou seja, 3,7 milhões de pessoas foram atendidas na Atenção Básica. Destes, 65,2% dos portadores da enfermidade questionados foram atendidos pelo mesmo médico, 95,3% conseguiram fazer todos os exames solicitados e 83,3% foram consultados com especialistas após encaminhamento. Quanto se trata das complicações de saúde mais comuns, entre os que disseram ter a doença – tanto para os com mais ou menos de 10 anos de diagnóstico – destacam-se problemas de vista, os circulatórios e nos rins.
Ministério da Saúde atua na prevenção e o combate de doenças crônicas
As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) se caracterizam como um grande problema de saúde dos brasileiros, conforme comprova a PNS. São importante causa de mortalidade no país, além causarem outras enfermidades que afetam a capacidade e a qualidade de vida da população adulta.
Por isso, o Ministério da Saúde (MS) lançou, em 2011, o Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil, com metas e ações previstas até 2022. Nesse contexto estão previstas a redução da mortalidade por DCNT em 25%, do consumo de sal em 30%, do tabaco em 30%, do álcool abusivo em 10%, da inatividade física em 10%, além do aumento da ingestão de frutas, legumes e verduras em 10% - com a expectativa de reduzir a hipertensão em 25% e frear o crescimento do diabetes e da obesidade.
Ainda com enfoque na prevenção e combate das doenças crônicas, o Ministério da Saúde tem investido no atendimento oferecido pela Atenção Básica, por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF). O monitoramento realizado pelo Ministério permitiu concluir que quanto maior a cobertura da (ESF) menor é a proporção de internações por condições sensíveis à atenção básica, como diabetes e hipertensão. A cobertura da estratégia, que era de 49,2% em 2008, subiu para 55,3% em 2012. Já o número de internações por condições sensíveis à atenção básica, que era de 35,8% em 2008, caiu para 33,2% em 2012.
Nesse sentido, o Programa Mais Médicos levou mais de 14 mil profissionais para cerca de 3,7 mil municípios, beneficiando mais de 50 milhões de brasileiros em todo o país. Somente com esses médicos, o número geral de consultas realizadas em Unidades de Básicas de Saúde (UBS) cresceu quase 35% entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014. Entre esses atendimentos, tiveram destaque os de pessoas com diabetes, que aumentaram cerca de 45%, e os de pacientes com hipertensão arterial, que aumentaram 5%. O encaminhamento a hospitais diminuiu em 20%, o que mostra um maior grau de resolubilidade da Atenção Básica.
Mais de 33% da população adulta do Maranhão (MA), o equivalente a 1,4 milhão pessoas, possui pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), segundo dados inéditos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que essas enfermidades atingem principalmente o sexo feminino (38,5%) – são 878 mil mulheres e 570 mil homens (27,2%) portadores de enfermidades crônicas. No Brasil, o índice atinge cerca de 40% da população, o equivalente a 57,4 milhões de pessoas.
As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil. A hipertensão arterial, o diabetes, a doença crônica de coluna, o colesterol (principal fator de risco para as cardiovasculares) e a depressão são as que apresentam maior prevalência no país. A existência dessas doenças está associada a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo.
O estudo classificou ainda a presença das doenças crônicas por região, mostrando que o Sul e o Sudeste obtiveram os maiores índices – com 47,7% e 39,8%, respectivamente. Em números absolutos, isso significa 10,3 milhões de habitantes do Sul e 25,4 milhões do Sudeste. O Centro-oeste é a terceira região com maior prevalência – 4 milhões de pessoas (37,5%), seguido do Nordeste e o Norte, com 36,3% e 32% dos habitantes – sendo 14 milhões de nordestinos e 3,4 milhões dos que vivem na região Norte. Em todas as regiões as mulheres tiveram maior prevalência quando comparadas aos homens. Isso ocorre pelo fato delas procurarem atendimento em saúde de forma espontânea com mais frequência do que os homens, facilitando assim o diagnóstico de alguma possível doença crônica.
Realizada entre agosto de 2013 a fevereiro de 2014, a PNS tem como objetivo servir de base para que o Ministério da Saúde possa traçar suas políticas públicas para os próximos anos. Durante o levantamento, foram entrevistados 63 mil adultos em domicílio, escolhidos por meio de sorteio entre os moradores da residência para responder ao questionário. Essa é a primeira parte da pesquisa; uma segunda fase trará informações resultadas dos exames de sangue, urina e aferição da pressão arterial dos brasileiros. |
Hipertensão e Diabetes – Doenças crônicas de grande magnitude, sendo também as mais graves, a hipertensão e o diabetes foram alvo de profunda investigação da PNS. A pesquisa revelou que a hipertensão atinge 597 mil pessoas acima de 18 anos no Maranhão, o que corresponde a 13,6% da população. Importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a doença aparece mais no sexo feminino, com prevalência em 17,6% das mulheres e 9,3% dos homens no estado. No Brasil, a hipertensão atinge 31,3 milhões de adultos, o que corresponde a 21,4% da população.
A proporção de hipertensos no país aumenta com o passar da idade. Entre os jovens, de 18 a 29 anos, o índice é de apenas 2,8%; dentre as pessoas de 30 a 59 anos é de 20,6%, passando para 44,4% entre 60 e 64 anos, 52,7% entre 65 e 74 anos e 55% entre as pessoas com 75 anos ou mais. O acesso à informação também é visto como um fator de proteção. A PNS revela que 31% das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto afirmaram ter a doença. A proporção se reduz quanto maior a escolaridade – caindo para 16,7% entre os com ensino fundamental. No entanto, em relação às pessoas com superior completo o índice é de 18,2%.
O levantamento mostra também que o acompanhamento da Atenção Básica tem sido fundamental para reduzir os desfechos mais graves da doença. De acordo com a PNS, 69,7% dos hipertensos receberam assistência médica no último ano, sendo que 45,9% foram tratados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Destes, 56,4% afirmaram que o médico que os atendeu na última consulta era o mesmo das anteriores e outros 92% afirmaram que conseguiram realizar todos os exames complementares. Já 87% dos pacientes foram encaminhados para consulta com médico especialista e conseguiram o atendimento.
Outro importante dado apontado pela PNS é a obtenção do medicamento para o tratamento. No Brasil, 35,9% afirmaram obter pelo menos um medicamento para hipertensão por meio do Programa Farmácia Popular. Além disso, 91,1% receberam recomendações médicas para reduzir a ingestão de sal; 87,4% para a realização de acompanhamento regular; 88,4% para a manutenção de uma alimentação saudável e 84,7% para a manutenção do peso adequado.
O sudeste é a região com maior prevalência da hipertensão arterial (23,3%), seguida pelo Sul e o Centro-Oeste, com 22,9% e 21,2%. Nordeste e Norte têm as menores prevalências, registrando índices de 19,4% e 14,5% da população. Somente 3% dos entrevistados afirmaram nunca terem aferido a pressão arterial.
Já o diabetes, transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, atinge 235 mil pessoas do Maranhão – o que corresponde a 5,4% da população adulta local. As mulheres (7,6%), mais uma vez, apresentaram maior proporção da doença do que os homens (2,9%) – 173 mil contra 71 mil habitantes. Em todo o Brasil, 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta – possuem a doença.
Assim como no caso da hipertensão, no Brasil, quanto maior a faixa etária maior a prevalência do diabetes: 0,6% entre 18 a 29 anos; 5% de 30 a 59 anos; 14,5% entre 60 e 64 anos e 19,9% entre 65 e 74 anos. Para aqueles que tinham 75 anos ou mais de idade, o percentual foi de 19,6%.
Em relação à escolaridade, percebe-se que no país as pessoas sem instrução e com fundamental incompleto apresentaram maior predominância do diabetes (9,6%). Já as com superior completo apresentaram apenas 4,2% de prevalência. O Sudeste é a região com a maior proporção de diagnósticos médicos (7,1%), com 4,5 milhões de habitantes diabéticos. O Centro-Oeste aparece em segundo lugar (6,5%), com 696 mil pessoas, seguido pelo Sul - com 1,3 milhão de doentes (6,2%). Nordeste e Norte são as regiões com menor prevalência – 2 milhões de nordestinos (5,4%) e 464 mil habitantes do Norte (4,3%).
Dados nacionais sobre o atendimento mostram, por exemplo, que a Unidade Básica de Saúde (UBS) também foi o principal local mencionado pelos entrevistados com diabetes que receberam assistência médica nos últimos 12 meses – 47% da população com a doença, ou seja, 3,7 milhões de pessoas foram atendidas na Atenção Básica. Destes, 65,2% dos portadores da enfermidade questionados foram atendidos pelo mesmo médico, 95,3% conseguiram fazer todos os exames solicitados e 83,3% foram consultados com especialistas após encaminhamento. Quanto se trata das complicações de saúde mais comuns, entre os que disseram ter a doença – tanto para os com mais ou menos de 10 anos de diagnóstico – destacam-se problemas de vista, os circulatórios e nos rins.
As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) se caracterizam como um grande problema de saúde dos brasileiros, conforme comprova a PNS. São importante causa de mortalidade no país, além causarem outras enfermidades que afetam a capacidade e a qualidade de vida da população adulta.
Por isso, o Ministério da Saúde (MS) lançou, em 2011, o Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil, com metas e ações previstas até 2022. Nesse contexto estão previstas a redução da mortalidade por DCNT em 25%, do consumo de sal em 30%, do tabaco em 30%, do álcool abusivo em 10%, da inatividade física em 10%, além do aumento da ingestão de frutas, legumes e verduras em 10% - com a expectativa de reduzir a hipertensão em 25% e frear o crescimento do diabetes e da obesidade.
Ainda com enfoque na prevenção e combate das doenças crônicas, o Ministério da Saúde tem investido no atendimento oferecido pela Atenção Básica, por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF). O monitoramento realizado pelo Ministério permitiu concluir que quanto maior a cobertura da (ESF) menor é a proporção de internações por condições sensíveis à atenção básica, como diabetes e hipertensão. A cobertura da estratégia, que era de 49,2% em 2008, subiu para 55,3% em 2012. Já o número de internações por condições sensíveis à atenção básica, que era de 35,8% em 2008, caiu para 33,2% em 2012.
Nesse sentido, o Programa Mais Médicos levou mais de 14 mil profissionais para cerca de 3,7 mil municípios, beneficiando mais de 50 milhões de brasileiros em todo o país. Somente com esses médicos, o número geral de consultas realizadas em Unidades de Básicas de Saúde (UBS) cresceu quase 35% entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014. Entre esses atendimentos, tiveram destaque os de pessoas com diabetes, que aumentaram cerca de 45%, e os de pacientes com hipertensão arterial, que aumentaram 5%. O encaminhamento a hospitais diminuiu em 20%, o que mostra um maior grau de resolubilidade da Atenção Básica.
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