quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Brasil tem 152 casos suspeitos de febre amarela e 47 mortes
Neste ano, com dados levantados até terça-feira (17), havia 152 casos suspeitos de febre amarela e 47 mortes registradas. Em termos comparativos, de julho de 2014 a dezembro de 2016, foram registrados 16 casos em todo o país, segundo dados do Ministério da Saúde.
A febre amarela pode levar à morte, apresentando uma taxa de cerca de 50% de letalidade entre aqueles que a contraem.
Após 15 dias da contaminação, surgem os primeiro sintomas da doença: febre, dor muscular, dor de cabeça, vômito e diarreia. Esse quadro dura cerca de três dias, seguidos de uma breve melhora.
A doença evolui, entretanto, para uma segunda etapa, que dura de sete a 10 dias. Nessa situação, o paciente apresenta insuficiência renal, inflamação hepática, hemorragias, vômito e diarreia com presença de sangue, podendo chegar ao coma e ao óbito.
Não há tratamento específico para a doença. As pessoas contaminadas devem ser levadas a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o combate aos sintomas da febre amarela.
Volta
Uma das causas apontadas para o retorno da febre amarela se relaciona com o ciclo da doença em ambientes de floresta. Transmitida nas áreas rurais por mosquitos dos gêneros haemagogus e sabethes, ela contamina não só humanos, mas também outros primatas.
“A febre amarela ressurge de cinco a sete anos. Ela está vinculada ao surgimento de uma nova geração de macacos sensíveis e suscetíveis à doença”, explica Renata Gatti, chefe da divisão da Gerência de Zoonoses de Santa Catarina. O estado não tem casos suspeitos da doença.
Nessa hipótese, o intervalo temporal entre um surto e outro é o tempo levado para que macacos que sobreviveram à doença – tornando-se imunes – procriem gerando animais que podem ser contaminados.
Como são “os primeiros a serem atingidos”, Renata afirma que o monitoramento dessas populações animais é importante no combate à doença: “a morte ou adoecimento de macacos nos alerta para possível presença de circulação viral da febre amarela, evitando a ocorrência de casos humanos”.
Prevenção
Apesar da gravidade da doença, há um método simples e eficiente para a prevenção da doença disponível: a vacina.
“O que há de medida mais eficaz é a vacinação”, aponta Aristóteles Cardona, integrante da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares e professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
Pessoas que vivem em áreas de recomendação para vacina ou que vão se deslocar devem se vacinar. No último caso, é necessário lembrar que a vacina passa a surtir efeito de imunização após dez dias, sendo recomendável receber a dose 15 dias antes da viagem.
Nesse sentido, Cardona aponta que o aumento no número de casos suspeitos em 2017, mesmo com o ciclo de sete anos da doença, poderia não ter sido tão grave. “Era possível um modo de evitar ou, ao menos, minimizar esse quadro. Se tivesse havido uma campanha efetiva de vacinação, nas regiões com registro de ocorrência anterior, certamente não estaríamos passando por isso e chegado a esse ponto”.
Preocupação
Ainda que não se registre casos de febre amarela em áreas urbanas há mais de 70 anos, há uma preocupação quanto à possibilidade de retorno da doença a essas regiões, nas quais a transmissão ocorreria através do Aedes aegypti, conhecido por ser o vetor da dengue, zika e chikungunya.
“A doença está historicamente restrita a locais de floresta. O que mais preocupa hoje é que, desde a década de 1940, não há registro de transmissão pelo Aedes aegypti, mas sabemos cientificamente que é possível. É imprevisível. Ou a gente faz o máximo possível com a vacinação ou teremos problemas”, indica Cardona.
“Há uma preocupação com a reurbanização da febre amarela, justamente por conta do aumento do número de focos de aedes”, diz Gatti. “A preocupação é que uma pessoa contraia a doença em área de transmissão e volte para um centro urbano”.
Resposta
A reportagem procurou a Secretaria de Saúde de Minas Gerais e o Ministério da Saúde, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO SAÚDE POPULAR
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE
Especialistas discutem método de prevenção e possível retorno da doença a áreas urbanas.
O número de casos de febre amarela aumentou de forma expressiva no Brasil em relação ao ano passado. O principal local de possíveis ocorrências da doença é a zona rural da região leste de Minas Gerais. Especialistas em saúde demonstram preocupação sobre o eventual retorno da doença às grandes cidades do país.Neste ano, com dados levantados até terça-feira (17), havia 152 casos suspeitos de febre amarela e 47 mortes registradas. Em termos comparativos, de julho de 2014 a dezembro de 2016, foram registrados 16 casos em todo o país, segundo dados do Ministério da Saúde.
A febre amarela pode levar à morte, apresentando uma taxa de cerca de 50% de letalidade entre aqueles que a contraem. |
Após 15 dias da contaminação, surgem os primeiro sintomas da doença: febre, dor muscular, dor de cabeça, vômito e diarreia. Esse quadro dura cerca de três dias, seguidos de uma breve melhora.
A doença evolui, entretanto, para uma segunda etapa, que dura de sete a 10 dias. Nessa situação, o paciente apresenta insuficiência renal, inflamação hepática, hemorragias, vômito e diarreia com presença de sangue, podendo chegar ao coma e ao óbito.
Não há tratamento específico para a doença. As pessoas contaminadas devem ser levadas a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o combate aos sintomas da febre amarela.
Volta
Uma das causas apontadas para o retorno da febre amarela se relaciona com o ciclo da doença em ambientes de floresta. Transmitida nas áreas rurais por mosquitos dos gêneros haemagogus e sabethes, ela contamina não só humanos, mas também outros primatas.
“A febre amarela ressurge de cinco a sete anos. Ela está vinculada ao surgimento de uma nova geração de macacos sensíveis e suscetíveis à doença”, explica Renata Gatti, chefe da divisão da Gerência de Zoonoses de Santa Catarina. O estado não tem casos suspeitos da doença.
Nessa hipótese, o intervalo temporal entre um surto e outro é o tempo levado para que macacos que sobreviveram à doença – tornando-se imunes – procriem gerando animais que podem ser contaminados.
Como são “os primeiros a serem atingidos”, Renata afirma que o monitoramento dessas populações animais é importante no combate à doença: “a morte ou adoecimento de macacos nos alerta para possível presença de circulação viral da febre amarela, evitando a ocorrência de casos humanos”.
Prevenção
Apesar da gravidade da doença, há um método simples e eficiente para a prevenção da doença disponível: a vacina.
“O que há de medida mais eficaz é a vacinação”, aponta Aristóteles Cardona, integrante da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares e professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
Pessoas que vivem em áreas de recomendação para vacina ou que vão se deslocar devem se vacinar. No último caso, é necessário lembrar que a vacina passa a surtir efeito de imunização após dez dias, sendo recomendável receber a dose 15 dias antes da viagem.
Nesse sentido, Cardona aponta que o aumento no número de casos suspeitos em 2017, mesmo com o ciclo de sete anos da doença, poderia não ter sido tão grave. “Era possível um modo de evitar ou, ao menos, minimizar esse quadro. Se tivesse havido uma campanha efetiva de vacinação, nas regiões com registro de ocorrência anterior, certamente não estaríamos passando por isso e chegado a esse ponto”.
Preocupação
Ainda que não se registre casos de febre amarela em áreas urbanas há mais de 70 anos, há uma preocupação quanto à possibilidade de retorno da doença a essas regiões, nas quais a transmissão ocorreria através do Aedes aegypti, conhecido por ser o vetor da dengue, zika e chikungunya.
“A doença está historicamente restrita a locais de floresta. O que mais preocupa hoje é que, desde a década de 1940, não há registro de transmissão pelo Aedes aegypti, mas sabemos cientificamente que é possível. É imprevisível. Ou a gente faz o máximo possível com a vacinação ou teremos problemas”, indica Cardona.
“Há uma preocupação com a reurbanização da febre amarela, justamente por conta do aumento do número de focos de aedes”, diz Gatti. “A preocupação é que uma pessoa contraia a doença em área de transmissão e volte para um centro urbano”.
Resposta
A reportagem procurou a Secretaria de Saúde de Minas Gerais e o Ministério da Saúde, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO SAÚDE POPULAR
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE
POESIA SEMPRE!
Leia na integra o poema Infernais e
Auspiciosas da obra inédita Praia Grande- Solstício da Última Tragédia de
autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia
Da primeira vez ele tocou as tetas
e um oráculo de agonia se abriu
Da segunda ele beijou escumas e o
chão de São Luís entre as fendas se despiu
Em sangue
Algas claras perfurantes
Havia gemidos sob as cordilheiras
Adormecidas as serpentes, ela
cravou dragões
A terra sobre as largas costas
dele
Ela o queria como sempre
Mar violento sobre as parcas ondas
Rascunho agonizante nos trovões da
consciência
Haverá o tempo da esperança, mas
não no hoje espalhado pelas cotações imperiosas
Quem será maior que o verme
corroendo na tarde o casarão inerte, impávido?
Quem?
|
Medo pavor trágica notícia nos empapelados
matutinos
O sonho tal quais as movediças
adentrando inéditos infernos
A terra ao irromper angústias trespassadas trouxe benevolência e miséria
Fome, correria e desespero
Os tentáculos de esperança falharam?
Luas dos românticos refugiadas ao
largo da Gonçalves
Ele veio das profundezas do
coração das conchas reclamantes
Longos braços esticados sobre os
varais do tremor anunciado
Ela o queria como sempre
Mar violento sobre as parcas ondas
Rascunho agonizante nos trovões da
consciência
|
Ai, gritam os homens entres as
pequenas, grandes ruas
Ai, gemem elas nas quitandas
solitárias
Um desterro derramado até os anjos
da guarda entristecidos
Os homens sãos de óculos quebrados
vislumbram cometas desejosos de vingança
Haverá o tempo da esperança, mas
não no hoje espalhado pelas cotações imperiosas
Quem será maior que o verme
corroendo na tarde o casarão inerte, impávido?
Quem?
Transporte escolar é
reforçado em São José de Ribamar
O transporte escolar ribamarense ganhou mais um equipamento para
reforçar a frota municipal. O prefeito Luis Fernando Silva (PSDB)
recebeu na manhã desta terça-feira (17) um ônibus para o transporte de
alunos. A entrega foi feita pelo governador Flávio Dino (PCdoB) em
solenidade no Palácio Henrique de La Roque.
Adquirido por meio de uma parceria do
Governo do Estado com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), o veículo tem capacidade para comportar 29 estudantes sentados,
com possibilidade de ser equipado com plataforma elevatória veicular e
atender todas as normas de segurança estabelecidas pelo Ministério da
Educação. Além de São José de Ribamar, outros 17 municípios foram
contemplados.
O prefeito Luis Fernando Silva (PSDB) recebeu na manhã desta terça-feira (17) um ônibus para o transporte de alunos. A entrega foi feita pelo governador Flávio Dino (PCdoB) em solenidade no Palácio Henrique de La Roque. |
Para o prefeito Luis Fernando, além de
contribuir com inclusão social, garantindo o acesso do aluno à escola, a
entrega do ônibus tem outro significado, no campo político: “É uma
comprovação de que existe uma parceria do governo estadual com os
municípios, para ajudar no esforço de resolver um problema que o
município não tem como resolver sozinho, que é a questão do transporte
escolar”.
Adquirido por meio de uma parceria do Governo do Estado com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o veículo tem capacidade para comportar 29 estudantes sentados, com possibilidade de ser equipado com plataforma elevatória veicular e atender todas as normas de segurança estabelecidas pelo Ministério da Educação. |
Segundo o prefeito, esta é uma parceria
que terá um efeito de mão dupla. “O veículo vai servir também para
transportar estudantes da rede municipal e alunos da rede estadual. E é
só assim que vamos conseguir melhorar os indicadores educacionais no
sentido mais amplo, municipal e estadual” comentou Luis Fernando Silva.
Outras ações
Desde o primeiro dia do ano, quando
tomou posse no cargo de prefeito, Luis Fernando tem dedicado também
total atenção à questão da educação. Apesar do ano letivo passado ter
sido concluído apenas no último dia 14, as aulas em 2017 começarão
pontualmente no dia 1º de fevereiro.
“Vamos voltar com as aulas na data certa
e trabalhar diuturnamente para melhorar a qualidade na educação,
dispensando total atenção à regularidade no transporte escolar e à
qualidade na merenda escolar e no ensino ofertado pelo município”, disse
o prefeito durante entrevista na solenidade no Palácio Henrique de La
Roque.
De acordo com a secretária de educação,
Carla Véras, apesar da burocracia que os inícios dos governos costumam
sofrer, todas as providências estão sendo tomadas para que tudo ocorra
da melhor forma em prol da qualidade do ensino.
“As matrículas e rematrículas já
iniciaram e já conseguimos também começar obras de reparos em algumas
escolas para que no dia 1º possamos ter a retomada do calendário da
melhor forma possível”, afirmou Carla Véras.
Procon investiga faculdade por cancelar curso superior com alunos matriculados
A Faculdade DeVry São Luís teria encerrado o curso de Engenharia de Produção e remanejado seus alunos para outros cursos.
O Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/MA) instaurou uma investigação, nesta segunda-feira (16), para apurar informações de que a Faculdade DeVry São Luís teria encerrado o curso de Engenharia de Produção e remanejado seus alunos para outros cursos.
Segundo denúncias, os estudantes regularmente matriculados no curso de Engenharia de Produção tiveram suas rematrículas indeferidas porque a faculdade não obteve o quórum necessário para formar turma. A faculdade teria, então, transferido os estudantes para os cursos de Engenharia Civil ou Elétrica.
Sob investigação. |
Vale lembrar que a informação clara e objetiva sobre os diferentes produtos e serviços, bem como suas especificações e características é um direito básico assegurado pelo artigo 6º inciso III do Código de Defesa do Consumidor. Também o artigo 51, incisos XI e XIII, estabelece como nulas as cláusulas contratuais que possibilitam ao fornecedor cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor.
A Faculdade DeVry São Luís terá cinco dias para comprovar que manterá a oferta regular do curso de Engenharia de Produção aos seus alunos e a forma como os consumidores serão ressarcidos por eventuais danos sofridos. Os consumidores que se sentirem lesados podem formalizar denúncias por meio do site, aplicativo ou em qualquer unidade física do Procon/MA.
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